Beltrão

Alvenção Ribeiro reside em seu sítio, localizado na comunidade da Volta Grande do Marrecas, Beltrão, com a esposa, Lúcia de Campos, e as filhas, Bruna e Maria Imaculada. Alvenção, desde pequeno, sempre teve criação de galinhas caipiras. Há cinco anos, numa tarde chuvosa, Alvenção estava descascando milho dentro do paiol e, ao mesmo tempo, estava pensando no quanto demorava para tratar suas galinhas. Era meia hora de manhã e mais meia hora de tarde. Ele cria suas aves no porão do paiol, onde fez cinco repartições e cada cômodo é repartido por tela.
Um é para as galinhas de engorda, outro para as que põem ovos, outro para as chocas e o restante está cheio de frangos. É tudo muito bem organizado. Ele pegava o galão cheio de comida e tinha que fazer toda uma volta pra poder chegar na parte de baixo do paiol, para conseguir tratá-las. Nos dias de chuva, Alvenção se molhava todo e quando entrava nas repartições as galinhas se agitavam demais; umas bicavam seus pés, outras se batiam entre elas, era uma confusão danada todo dia.
Foi então que surgiu uma ótima ideia. Com sua motosserra, começou a cortar as tábuas do paiol, fez cinco buracos um em cima de cada repartição, da parte de baixo do paiol. Lúcia, sua esposa, ouviu o barulho da motosserra e foi correndo lá, e perguntou se ele estava ficando louco, pois achou que estava destruindo o paiol que construíram há 38 anos. Então Alvenção falou “se acalme muié, depois te explico”.
Daí ele foi no porão do paiol e em cada repartição instalou um comedor. Em cada comedor colocou um cano de PVC que sobe até o assoalho do paiol, e passou os canos por dentro dos buracos que havia feito com a motosserra. Na ponta do cano colocou uma garrafa pet cortada, que funciona como um funil, assim ele fez a instalação nas cinco repartições. Agora é só pegar o galão com milho e jogar cano abaixo, em menos de cinco minutos ele consegue tratar todas as suas galinhas com muita tranquilidade e sem a agitação de antes. Também mudou o sistema de água. Antes, colocava água várias vezes ao dia, puxada com balde. Então ele instalou uma manga grossa, vinda direto da fonte, levando água, também, para cada repartição, que agora tem água fresquinha e limpa na ponta da manga dentro do cocho. Também instalou uma boia, assim não tem desperdício de água. Alvenção diz estar muito contente com essa nova técnica.
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Ele também está feliz porque vende tudo o que produz em casa: frangos, galinhas e ovos. Sua esposa, Lúcia, também ficou contente com a nova técnica, pois aumentou a produtividade da propriedade.
