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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.212

27/05/2025

MENÇÃO HONROSA

Alunos do Suplicy criam aplicativo para ajudar refugiados

O professor Artur Scolari junto com os alunos da equipe Drakkar Luis Custin, Enzo Celuppi, Isadora Peiter, Izabelly Lazaretti, Valentina Galvan e Mariana Kuhnen. Foto: Arquivo Pessoal

Um grupo de seis estudantes do ensino médio do Suplicy desenvolveu um projeto que conquistou menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT). A equipe, batizada de Drakkar, criou o protótipo de um aplicativo chamado “Novo Caminho”, que busca facilitar a inserção de refugiados no mercado de trabalho e na sociedade brasileira.

A proposta surgiu a partir da análise da própria realidade de Francisco Beltrão. Eles observaram que muitos estrangeiros chegam à cidade em busca de emprego, mas acabam enfrentando barreiras com o idioma, a falta de qualificação e dificuldades em se estabelecer.

O professor Artur Scolari, que orientou o grupo, diz que foi uma preocupação de todos, diante de uma situação que ocorre não apenas em Beltrão, mas também em outras cidades do Brasil. “O aplicativo busca conectar essas pessoas a cursos profissionalizantes e oportunidades de emprego, promovendo inclusão social e desenvolvimento econômico.”

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O desenvolvimento do projeto

A equipe é formada pelos estudantes Izabelly Lazzaretti, Valentina Galvan, Mariana Kuhnen Marcello, Isadora Peiter, Enzo Celuppi e Luís Custin. O grupo se dividiu entre as áreas social e de exatas. A primeira fase da competição consistiu na produção de um vídeo de até três minutos, explicando o problema social escolhido e a solução proposta. Paralelamente, a equipe de exatas realizou provas sobre matemática aplicada, lógica de programação e estatística.

“Foi um trabalho em grupo muito bom. Todo mundo se ajudou em todas as partes”, conta Isadora, líder do grupo. A estudante relata que a ideia do aplicativo surgiu a partir de casos conhecidos, como o de uma imigrante que, apesar de ter experiência na área contábil, não conseguiu emprego por não dominar o português.

Os estudantes explicam que o “Novo Caminho” funciona como uma plataforma de apoio a refugiados, oferecendo informações sobre vagas de emprego, cursos de capacitação, aprendizado da língua portuguesa e educação financeira. “Queremos que eles tenham oportunidade de crescer profissionalmente e não fiquem restritos a cargos manuais, que não oferecem tanta perspectiva”, explica Isadora.

Após a aprovação na primeira fase, o grupo elaborou o protótipo do aplicativo no Figma, simulando como ele funcionaria na prática. A última etapa será a apresentação do projeto durante a Semana EAT, a Escola Avançada de Tecnologia, promovida pelo Instituto Alpha Lumen, em São Paulo.

Além da menção honrosa, o grupo ainda concorre a uma premiação específica pela qualidade do vídeo produzido. “Estamos bem ansiosos. Nosso professor disse que ficou muito bom”, afirma Valentina.

Para Izabelly, a participação na Olimpíada foi uma experiência marcante. “A gente não era muito próximo do pessoal de outras turmas, mas agora criou uma interação que foi muito válida. Se conseguirmos ir para São Paulo, será ainda mais especial, porque é uma oportunidade única, já que estamos no último ano da escola.”

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