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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

As pessoas de Beltrão são muito trabalhadoras, isso é um exemplo

A opinião é de Maria Virginia Lopez, venezuelana que encontrou na cidade, junto à sua família, uma nova oportunidade.

Os venezue-lanos Maria, Ramon e seus filhos Benjamin e Emma, estabelecidos há um ano em Francisco Beltrão,

dizem que os beltronenses são muito trabalhadores, são um exemplo. Eles estão produzindo pizzas. 

A Venezuela atravessa sua pior crise econômica da história. O País tem pouco mais de 28 milhões de habitantes. Somente o Estado de São Paulo possui 44 milhões. E, de acordo com a Pesquisa sobre Condições de Vida, os venezuelanos emagreceram, perdendo em média 11 quilos em 2017. E seis em cada dez admitiram terem ido dormir com fome por falta de comida. Para fugir desta triste realidade, o casal Ramon Alberto Graterol e Maria Virginia Lopez encontrou em Francisco Beltrão uma “nova Pátria” para retomar a vida. Estão no País desde 26 de agosto de 2019.

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E o apoio para o recomeço veio através do Programa Brasil Mais Empreendedor, coordenado no município pelo Núcleo Idea Mentes Jovens, ligado à Associação Empresarial (Acefb). Basicamente, o programa social oportuniza, aos jovens empreendedores, assessoria em gestão empresarial, marketing e finanças, dando o direcionamento necessário para que esses jovens tirem do papel o que sabem.

“Sempre foi meu sonho ter o próprio empreendimento. E agora eu tenho, e seguimos melhorando e contando com o apoio que foi dado pelos jovens empresários do Idea”, disse Ramon, que produz com sua esposa pizzas prensadas. “Pretendemos trabalhar com delivery porque está dando certo [o negócio], muitas pessoas já nos conhecem. Fazemos pizzas mais naturais, do início ao fim, com ingredientes escolhidos minuciosamente. Usamos o melhor tomate, a melhor cebola, para que nosso produto tenha muita qualidade e sabor. Nós não usamos molho pronto, preparamos ele, com toque venezuelano”, explica Ramon.

Maria Virginia agradece o apoio recebido dos brasileiros, sobretudo do Idea. “Eles nos orientaram sobre as normativas aqui do Brasil, que são muito diferentes do nosso País. Esse grupo foi como uma bênção em nossas vidas”.

Adaptação
“A cultura do Brasil é muito diferente da nossa, até parece uma aventura o que vivemos aqui. Estamos aprendendo muito com o apoio de todos”, suspira Maria, emocionada. Sobre a adaptação à nova língua, Ramon comenta: “Foi um impacto um pouco forte porque nós falamos espanhol. Ou aprende, ou aprende”. Segundo ele, seu casal de filhos está aprendendo mais rápido do que os pais a língua portuguesa.

Pretendem continuar no Brasil?
“Ainda é uma interrogação. Sentimos muita saudade de nossos familiares na Venezuela. Mas a situação lá está pior do que quando viemos para cá, há um ano. Por enquanto vamos seguir aqui, não sei por quanto tempo, Deus quem sabe”, responde Ramon.

Como é ser mãe com toda essa adaptação?
“Quanto à essência, é igual ao meu País, se comparado com o Brasil. Mas aqui temos tranquilidade quanto à saúde e educação de nossos filhos. Os professores ajudam muito e têm muita paciência para ensinar. E as pessoas aqui de Beltrão são muito trabalhadoras, todas têm um ou dois trabalhos, isso para nós é um exemplo, são pessoas que miram o progresso”, descreve Maria.

Os venezuelanos Maria, Ramon e seus filhos Benjamin e Emma.

 

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