A Secretaria Municipal da Mulher e Bem-Estar Social de Francisco Beltrão firmou um termo de cooperação técnica com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Francisco Beltrão, para oferecer atendimento jurídico gratuito às mulheres no Centro de Referência da Casa da Mulher Brasileira. A partir da próxima semana, uma advogada estará disponível todas as quartas-feiras, das 14h às 16h50, para esclarecer dúvidas sobre questões judiciais, como pensão alimentícia, separação, divisão de bens, entre outros. O serviço será exclusivamente consultivo e orientativo, sem a formalização de ações judiciais.
As mulheres interessadas deverão procurar o Centro de Referência nesse dia e horário para serem atendidas. Caso haja grande demanda, será agendado horário para o atendimento.
Flaviana Tubin, secretária da pasta, destacou os serviços já em andamento e explicou como funciona o atendimento no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram). Além do apoio jurídico, a Secretaria tem realizado acolhimento para mulheres vítimas de violência, tanto por meio da delegacia da mulher quanto por demanda espontânea. A equipe também realiza busca ativa, indo até a residência das mulheres para oferecer serviços e orientações.
“Fazemos encaminhamentos para a saúde, para o Cmei, caso a mulher tenha filhos, e também para o mercado de trabalho, oferecendo cursos profissionalizantes. Temos ainda grupos de apoio, com a participação de uma psicóloga, que auxiliam as mulheres a trabalhar diversos aspectos de sua vida, por meio da ArteTerapia”, afirmou Flaviana. Ela acrescentou que, em breve, será oferecido atendimento psicológico clínico no Centro de Referência.
Flaviana também explicou as particularidades do modelo de atendimento em Francisco Beltrão. “Este centro de referência não é uma casa de abrigo, como o modelo das capitais. A Casa da Mulher Brasileira nas grandes cidades possui mais de 3 mil metros quadrados e conta com serviços como delegacia, promotoria e até IML. No interior, temos um espaço de 1.700 metros quadrados e oferecemos principalmente atendimento para mulheres vítimas de violência, com acolhimento e encaminhamentos para o mercado de trabalho. Já ajudamos duas mulheres a retornarem para suas casas com passagem paga e também oferecemos aluguel social para mulheres que precisem recomeçar a vida.”
Flaviana ressaltou que, no município, há um local reservado para o acolhimento temporário das mulheres, em parceria com a casa de passagem.
No entanto, a Secretaria ainda busca, no futuro, estabelecer uma parceria com hotéis para ampliar essa rede de apoio. “Nosso trabalho é acolher e apoiar as mulheres que precisam recomeçar, oferecendo suporte jurídico, psicológico e assistencial para garantir sua segurança e autonomia.”
