A boa notícia é que o preço da carne bovina, que vinha de sucessivos aumentos em 2019, começou a apresentar retração.
Em janeiro, o preço da cesta básica subiu em 11 e caiu em seis das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No Sudoeste do Paraná, a pesquisa feita pelo Grupo de pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento da Unioeste (GPEAD) e instituições parceiras, nas cidades de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Pato Branco e Realeza, apontou aumento no custo da cesta básica de alimentação em Francisco Beltrão (1,30%) e Realeza (4,19%) e queda em Pato Branco (-2,32%).
Tendências de preços nacionais
A cesta básica ficou em R$ 351,08 em Dois Vizinhos, R$ 403,74, em Francisco Beltrão, R$ 350,88, em Pato Branco e R$ 377,82, em Realeza. O comportamento dos preços dos itens que compõem a cesta básica, entre dezembro e janeiro, de acordo com o Dieese, seguiram uma “tendência de alta nos preços do óleo de soja, do açúcar, do tomate, do feijão, da banana e da batata. Já a carne bovina, por sua vez, apresentou tendência de queda no preço médio, na maioria das cidades alvos da pesquisa”.
Segundo o professor José Maria Ramos, coordenador da pesquisa, em janeiro, nos municípios da região, o movimento dos preços dos referidos produtos seguiu, à exceção do feijão, o padrão de comportamento verificado nas principais capitais do País.
Produtos e suas variações
A alta ocorrida no preço do óleo de soja em todas as capitais pesquisadas. No Sudoeste, o aumento ocorreu em Francisco Beltrão, Pato Branco e Realeza e a variação no preço foi de 1,59% (Francisco Beltrão) a 12,20% Realeza. O açúcar do tipo cristal apresentou alta em 14 das 17 capitais pesquisadas. No Sudoeste do Paraná, a alta no preço ocorreu em Francisco Beltrão (3,93%) e em Realeza (18,48%).
A carne bovina de primeira, apresentou redução de preço em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As reduções variaram de (-14,76%) no Rio de Janeiro, a (-0,83%) em Porto Alegre. Em Pato Branco e Realeza o comportamento também foi de retração de preço, (-3,12%) e (-5,37%), respectivamente. De acordo com o Dieese, a redução da demanda interna provocou redução no volume comprado pelos frigoríficos o que, por sua vez levou à redução do valor do produto no varejo.