Diretores da Associação de Avicultores do Sudoeste do Paraná (Avisud) e a gerência de fomento da unidade agroindustrial da BRF de Francisco Beltrão estão se reunindo com frequência. A associação tem solicitado da empresa que avalie a situação de avicultores que entregam lotes de aves e recebem valor abaixo da média (valor bruto).
O presidente da Avisud, Claudinei Colognese, afirmou que o valor recebido por estes lotes “não é de satisfação do avicultor”. Nestas situações, conforme Claudinei, a Avisud recebe os dados e os analisa. “A gente, aos pouquinhos, tá resolvendo esses problemas”, disse.
Uma vez por mês a Avisud se reúne com a gerência de fomento da BRF de Beltrão para discutir os problemas de lotes e outras questões relacionadas aos 200 sócios da associação.
Claudinei relatou que foi elaborada uma planilha de custos de perus fêmeas e machos em dezembro e teria sido renovada agora. Conforme ele, chegou-se à conclusão que é preciso aumentar o valor pago pela produção do peru em, no mínimo, 10% para os lotes que forem alojados para março. Para produzir perus machos, o gasto com energia elétrica é maior porque demandam mais tempo para ficarem prontos. Por isso, segundo Claudinei, os aviários gastam mais luz.
Produção de frangos
Claudinei disse que para os lotes de frango não há um índice exato, mas ele acha que a empresa dará um reajuste no valor. É preciso que a planilha de custos preveja o custo de depreciação do aviário e os custos variáveis, que incluem lenha, energia elétrica e maravalha (principais despesas).
De acordo com o presidente da Avisud, os custos com a entrega dos lotes de pintainhos, de ração e assistência são bancados pela BRF.
Até o final desta semana a Avisud deve receber uma resposta sobre valores de lotes.
Ele destaca que “a gente tá conseguindo, nos últimos tempos, interagir mais em termos de valor do lote, custo de produção” com a empresa.