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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Beltrão enfrenta escassez de imóveis para locação: “de 300, só temos 10 disponíveis”, relata corretor

Demanda por alunos e novos trabalhadores impulsiona mercado imobiliário, mas gera escassez em Beltrão. Foto: Divulgação.

JdeB – O mercado imobiliário em Francisco Beltrão vive um momento de aquecimento, especialmente no segmento de locação. Conforme profissionais do setor consultados pelo JdeB, a procura por apartamentos e casas está em alta, impulsionada por fatores como a busca por moradias mais próximas dos locais de trabalho e das atividades cotidianas, além da chegada constante de novos moradores.

A Imobiliária Sendeski trabalha com apartamentos com mensalidade que variam entre R$ 900 e R$ 2 mil. Com uma carteira de 300 opções, a empresa dispõe atualmente de apenas 10 imóveis vagos. “No final do ano passado, poucos eram disponibilizados para locação, pois os locatários preferiram permanecer onde estavam, evitando mudanças. Essa escassez, apesar de representar um desafio para novos moradores, também é sinal de que a procura está realmente alta”, relata o corretor Ivo Sendeski.

Cidade com duas universidades públicas — Unioeste e UTFPR —, além das particulares — Cesul, Unipar e Unisep — o mercado de imóveis por aluguel ganha fôlego durante os primeiros meses do ano. A previsão de contratação de 300 novos funcionários, vindos de Florianópolis (SC), para trabalhar na Cresol Baser e que, por consequência, precisarão de moradia, também contribui para o aumento da procura. “Nós vivemos um momento de demanda muito grande por locação. O pessoal tem procurado mais alugar do que comprar. Pelo crescimento que nós tivemos nos últimos anos, acredito que estamos num momento bem delicado do mercado. Isso tem duas questões. Primeiro, que o mercado de locação é bem movimentado, então há valorização da alocação. Contudo, tem o lado ruim também. Como há pouca oferta, deixamos de atender muitos clientes. A gente não está conseguindo imóveis”, afirma Elvis Ghisi, da Ghisi Imóveis. Ele aponta, ainda, que este é o momento para investidores apostarem em novas construções.

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O fluxo de estudantes, somado ao aumento de investimentos e à infraestrutura que a cidade oferece – como o novo Hospital Intermunicipal e melhorias em áreas estratégicas – reforça a posição de Beltrão como polo regional de qualidade de vida. O corretor Luiz Alberto Thomazoni entende a ocasião como um “impasse interessante”. “A cidade tem atraído grandes empresas e pessoas de fora, o que aumenta a demanda. Porém, a taxa Selic elevada dificulta novos investimentos para a construção. Essa realidade, somada à grande procura por imóveis de dois quartos – ideais para estudantes e jovens casais – mostra a necessidade de novas construções. Beltrão, que já ultrapassou a marca dos 100 mil habitantes, está ganhando visibilidade a nível estadual e nacional.”

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