15 C
Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Beltrão: Observatório Social avalia editais da Prefeitura

Grupo de profissionais liberais, professores e empresários vêm acompanhando os gastos públicos.

O primeiro relatório de prestação de contas do Observatório Social (OS) do Município de Francisco Beltrão, referente aos meses de setembro a dezembro de 2015, foi apresentado dia 2 de fevereiro, na Associação Empresarial (Acefb). A reunião, comandada pelo presidente da instituição não-governamental, Marcelo de Campos, teve a presença de lideranças políticas, empresariais e de segurança pública. 
 Em caso de identificação de irregularidade feita pelo OS, pede-se explicações junto ao órgão licitante. Isso vale para câmaras de vereadores e prefeituras. A entidade é informada dos fatos, através de ofício, para que se tomem as devidas providências. O Ministério Público também é informado da situação.  
O valor máximo dos editais apresentados no período – setembro a dezembro – pela Prefeitura e Câmara de Vereadores foi de R$ 40.504.033,60, cujo valor licitado neste mesmo período foi R$ 35.176.406,68. Ou seja, houve redução de R$ 5.327.626,92. A pergunta apresentada num dos slides durante a reunião foi: teríamos essa economia sem a presença do OS em nossa cidade? 
O OS acompanhou em 2015 a entrega de lanche da “Semana da Criança” para uma isntituição de ensino, em outubro, a entrega de servidor para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), entrega de luvas e filmes radiológicos no almoxarifado da Secretaria de Saúde e visita à construção do novo Colégio Estadual Industrial. 
O Observatório Social de Francisco Beltrão está localizado junto à Casa da Indústria, na Rua Goiás, Bairro Alvorada. Constituído em agosto de 2008, teve suas ações paralisadas em 2011 por falta de recursos financeiros, voltando a funcionar em junho de 2015. No Brasil, a instituição está presente na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. 

Qual é o objetivo do Observatório Social

 O Observatório tem como missão “atuar na melhoria da gestão pública e na aplicação dos recursos financeiros, estimulando a participação da sociedade civil em favor da transparência.” Nos quatro meses após sua reativação, o Observatório beltronense monitorou e analisou os editais de licitações realizadas pela prefeitura e pela Câmara de Vereadores no ano passado. “É um espaço para o exercício da cidadania, que deve ser democrático e apartidário e reunir o maior número possível de entidades representativas da sociedade civil com o objetivo de contribuir para a melhoria da gestão pública”, explica Marcelo.

- Publicidade -

 
Avaliações pós-apresentação do relatório
Itacir Chico Spiller, corretor imobiliário.
“Foi uma reunião importante, sabemos que é um trabalho que está apenas no início, mas é preciso que a sociedade entenda a importância dessa instituição. É o olho da comunidade dentro da administração pública, especialmente nas licitações no que diz respeito a materiais e serviços disponibilizados para a população. Saímos desse encontro mais fortalecidos e com muito mais informações para explicar dentro das entidades que fazemos parte, como os rotarys.”
 
Saudi Mensor, secretário municipal de Administração: “Esse trabalho é fantástico e importante para Beltrão. Toda a sociedade deve acompanhar a aplicação dos recursos públicos. Nós como administração municipal temos o desafio de fazer todos os processos da forma mais transparente possível e esse trabalho do observatório vem para nos ajudar. É bom para os participantes de licitações perceberem que, de fato, existe esse trabalho do observatório, dá mais legitimidade nas licitações. Não temos que ter medo de nada.”
Saudi destaca ainda que a sala de licitações da prefeitura funciona no primeiro piso. “As portas, inclusive, são de vidro, demonstrando o quanto o trabalho é transparente. Qualquer cidadão pode chegar ao local e acompanhar os trabalhos.”
 
Marcelo Saggin, da Sudoeste Transportes/Viação Sudoeste. “Esse encontro é o que estava faltando pra gente mensurar as coisas, com os números que nos foram repassados conseguimos entender e dar maior atenção ao que está sendo feito. Como são várias entidades que apoiam o observatório e nós integramos essas entidades, assim podemos repassar informações para essas pessoas. A gente reclama muito com a visão macro, ou seja, focamos em Brasília, e deixamos de dar a merecida atenção ao micro, que são os municípios. Se cuidarmos do que está próximo a, mudaremos esse sentimento e faremos chegar até lá (Brasília) as indignações.”
 
Vereador Alfonso Bruzamarello (PTB). “Nós, do Legislativo, parabenizamos a diretoria do Observatório Social pela justiça social que vem fazendo pelo município. É como o trabalho que nós fazemos, que é fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.” 
Marcelo de Campos, presidente do OS. “Conseguimos dar o ponta pé inicial para os trabalhos do Observatório, que até então está um pouco tímido até por certa descrença de parte da população em relação à instituição. Conseguimos mostrar o que realmente queremos, apesar dos recursos limitados, acredito que pudemos mostrar nosso trabalho a esses representantes de entidades que estiveram nesse encontro na Acefb. Pretendemos agendar reuniões com as entidades participantes do observatório e com aquelas que ainda não fazem parte, visando angariar mais fundos para o pleno seu funcionamento, e assim continuar monitorando as licitações, capacitando nosso pessoal e buscando novos apoiadores. “Importante ressaltar que nós, do Conjefb, abraçamos o Observatório Social”, diz o presidente do OS.”
 
Edson Flessak, empresário e aviador.
“É importante lembrar que o Observatório se preocupa com a transparência dos investimentos públicos somente no município e só pode atuar com boa estrutura e apoio. Ainda tem muito a ser feito, mas vamos mobilizar ainda mais as entidades  e pessoas físicas. Não importa o quanto vão doar ao Observatório, o que nós precisamos é manter essa estrutura.” 
 
Romeu Werlang, empresário e corretor de imóveis. “Acredito que o OS deve buscar apoio nas universidades, pois são locais de cabeças pensantes e que estão promovendo o desenvolvimento do município.”

 

Diretoria do OS

Presidente: Marcelo de Campos;

Vice-presidente para Assuntos Administrativos e Financeiros: Guilherme Fiorentin;

Vice-presidente para Assuntos Institucionais e de Aliança: Roberto Pécoits;

Vice-presidente para Assuntos de Controle Social: Edson Carlos Flessak;

Conselho Fiscal: Névio Urio, Idair Marcello e Dilamar Santini.

São mantenedores do OS: Cesul, lojas maçônicas, Rotary 3º Milênio e Rotary Marrecas, Acefb, Fiep, Cresol, Sicoob, Sincobel, Sindirepa, Sinvespar, Sindmadmov, Sindimetal e OAB Francisco Beltrão. Os apoiadores são a Acefb, Sebrae e Ministério Público.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques