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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Beltrão segue com linhas de ônibus normais, mas empresa operando no vermelho

Beltrão

O transporte coletivo urbano de Francisco Beltrão está entre as atividades consideradas essenciais e por isso segue operando normalmente. Somente nos primeiros dias de quarentena os horários e rotas foram reduzidos, mas mesmo voltando ao normal, o sistema ainda não possui a mesma procura de antes da pandemia.

Dados da Guancino mostram que entre os dias 13 e 30 de abril cerca de 27 mil passageiros foram transportados, cerca de 65% menos que no mesmo período do ano passado, quando 90 mil pessoas usaram o transporte coletivo. A empresa calcula que deixou de transportar 139 mil passageiros somente em abril.

Uso de máscara é obrigatório no transporte público.

“Várias cidades estão com o sistema de transporte coletivo parado, com horários reduzidos ou com uma compensação financeira, mas no nosso caso continuamos a operar normalmente e sem entender porque precisamos manter 110 linhas no final de semana para transportar 58 passageiros, como ocorreu há alguns dias”, desabafa o administrador da Guancino, Muran Almeida. Desde antes da pandemia a operadora do transporte acumula prejuízos devido à queda no número de passageiros pagantes e a solicitação de reajuste feita em dezembro está suspensa.

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Para tentar reduzir custos, a empresa tenta um acordo de suspensão do contrato de trabalho de cobradores, dentro das regras do governo federal (os trabalhadores continuam recebendo salário pago pelo governo no período). Isso traria uma economia de R$ 110 mil na folha. No entanto, a legislação municipal obriga que se tenha cobrador em todos os ônibus e agora um projeto de lei para adequar essa questão está sendo analisado pela Câmara de Vereadores, que quer garantias de manutenção dos empregos após o período de afastamento. A Guancino emprega 61 funcionários e encaminhou a demissão de três nesta semana.

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Emenda ao projeto de lei da suspensão dos contratos dos cobradores proíbe demissões

A bancada de situação no Legislativo de Francisco Beltrão, formada por seis vereadores do PSDB, PSC e PP, protocolou ontem uma emenda ao projeto de lei que prevê a suspensão por 90 dias dos contratos de trabalho dos 22 cobradores da Transportes Coletivos Guancino.

Assim, a votação do projeto de lei que estava prevista para acontecer segunda-feira, 18, poderá ser adiada, tendo em vista que, a emenda passará pelas comissões e precisará receber um parecer favorável antes de entrar na pauta de votação em plenário.

A emenda apresentada pelos vereadores Paulo Grohs (PSDB), Silmar Gallina (PSDB), Lurdes Pazzini (PSDB), Léo Garcia (PSC) e Elenir Maciel (PP) consiste na garantia dos empregos, aos cobradores, assim que expirar o prazo de 90 dias da lei, e obrigando a passar novamente pela Câmara, uma nova proposta de lei, caso a empresa Guancino Transportes queira retirar do quadro de funcionários, os cobradores.

Será mais uma garantia para os funcionários que estão preocupados com a colocação da bilhetagem eletrônica.

 

Paulo Grohs acha que o projeto é bom, Aires cita preocupação dos cobradores

JdeB – O vereador e líder do governo no Legislativo, Paulo Grohs (PSDB), vem trabalhando para que o projeto de lei seja aprovado em plenário. Ontem, ele iria reunir a bancada de situação na Câmara para discutir a matéria e depois haveria um encontro com o prefeito Cleber Fontana (PSDB) para afinar o discurso.

Paulo entende que o projeto é bom para as duas partes: empresa e cobradores. A empresa terá um fôlego neste período de pandemia e baixa demanda e os trabalhadores terão a garantia de receber os seus salários conforme prevê o auxílio governamental. Paulo observou que “a lei vai valer por três meses” e “acredito que vamos chegar a um bom termo”.
Quinta-feira, 14, o vereador Aires Tomazoni (MDB) disse ao JdeB que a bancada de oposição deve votar contra o projeto. Ele relatou que houve discussão com o sindicato da categoria e o receio dos cobradores é que a proposta possa se tornar definitiva, ou seja, resultar em demissões após os três meses de prazo da lei. “O sindicato tem falado é que se for aprovado o receio é que a situação provisória se torna definitiva”, comentou.

Aires reconhece que a empresa de transportes vem passando por dificuldades, “mas ela tem que procurar outras alternativas em conjunto com a administração municipal, quem sabe repactuar o contrato, até porque o sistema de transporte mudou bastante desde a assinatura do contrato pra cá”.

Neste período de pandemia do coronavírus, Elenir e Lourdes não estão participando das sessões. O não comparecimento delas poderia favorecer a derrota do projeto. Mas Paulo Grohs, líder do governo no Legislativo, acredita que as duas vereadoras vão comparecer à sessão.

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