
Billera, na Universidade de Nova York.
A odontolôgia beltronense Sirlene Scotti Billera é professora da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos da América, há cinco anos. Nos últimos três anos, ela tem sido homenageada pelos seus alunos e em maio deste ano, Sirlene recebeu o título de Professora do Ano, por seu esforço e dedicação aos estudantes da Faculdade de Odontologia.
A homenagem só poderia ser entregue para o mesmo professor a cada cinco anos, no entanto, os alunos de Sirlene mudaram a qualificação do título para poderem prestigiá-la frequentemente. Este ano, o atributo foi de “Professora de pré-clinica do ano”; em 2012, recebeu como “Professora do mês”, pela devoção à educação e desempenho dos alunos; e, em 2013, também foi escolhida como “Professora do mês”, mas por seu serviço excelente.
Em Beltrão, ela trabalhava na clínica junto com o dr. Francisco Alérico, na Diorcenter. “Mudei-me há nove anos para Nova York, pois me casei com um americano, Richard Billera. Atualmente, moramos em Nova Jersey, mas trabalhamos na cidade de Nova York. Todo ano, eu venho para Beltrão e atendo durante um mês na clínica do dr. Francisco”, conta Sirlene.
A doutora é formada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), no Rio Grande do Sul e fez sua especialização em Endodontia, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Quando cheguei a Nova York, eu não falava muito bem inglês, então fui para universidade, onde aprendi o idioma. Na universidade em que eu trabalho eu fiz um aperfeiçoamento em estética, foi quando me convidaram para trabalhar como professora. Então, a universidade me deu um mestrado em Excelência em Ser Professor e trabalhei um ano como voluntária. Na sequência fui efetivada e desde então sou professora na Faculdade de Odontologia”, esclarece.
Sirlene dá aulas práticas para os alunos. Atualmente, ela é professora de Prótese Total, Prótese Parcial Removível, Parcial Fixa, Estética e Dentística Restauradora. “Eu ensino com amor e trabalho por 20 pessoas. Já tiveram noites em que fiz 60 restaurações. Chego ao meu trabalho às 8h e volto para casa às 20h, então aproveito para dormir no trem, que dá uma hora e meia de viagem. Nos sábados e domingos vou à universidade onde sou voluntária”, diz a doutora.
Família
Sirlene tem dois filhos. Daysemara Scotti Hubner, que cursa Direito na Universidade de Iowa, e Tiago Scotti Hubner que cursa Medicina, em Assunção, no Paraguai.
Quando foi para os Estados Unidos, Sirlene não se acostumava com a rotina de trabalho de seus colegas. Aqui no Brasil, ela era acostumada a trabalhar muito e lá, os professores encaram apenas como um ofício. “Eu chegava lá e não podia fazer o que eu gostava. Dar aula para mim foi uma missão, então os alunos me dão títulos pela dedicação e porque me doo ao ensino deles”, frisa a doutora.