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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Beltronenses saem às ruas mais uma vez

As manifestações farão diferença?

 

Manifestação popular no centro de Beltrão, após as 18 horas de ontem, pelo impeachment.
Fotos: Leandra Francischett/JdeB

 

“Manifestação é a cara do povo. Ficar em casa, mesmo sendo contra, não resolve. Tem que ir pra rua, mostrar o descontentamento com a governança e com a roubalheira”, declara Içara Soares de Abreu, professora e diretora do Colégio Estadual Beatriz Biavatti, na mobilização ontem, no final da tarde, em frente ao Itaú. Ela estava acompanhada do filho Augusto, de um ano e seis meses, que usava uma bandana da bandeira do Brasil na cabeça.
As manifestações farão diferença? “Acredito que já fez diferença. Se todo mundo tivesse ficado em casa iria parecer que aceitam o que está acontecendo. Há 26 anos o mesmo aconteceu com o Collor, é um exemplo de que o povo faz a diferença”, responde Júlia Beal, estudante de Direito do Cesul, com a bandeira nacional sobre os ombros.
“O dia de hoje não poderia passar em branco. A manifestação vai ajudar a pressionar e a mostrar que participamos da política. Não teríamos condição de ir para Curitiba ou para Brasília, muitos que estão aqui não poderiam viajar, por isso nos mobilizamos desta forma”, explica Edna Faust, do movimento Vem pra Rua, uma das organizadoras do protesto. 
Uma faixa orientava os motoristas: “Quer impeachment? Buzine!” e o retorno veio, em forma de buzinaço. Esta foi uma das formas de os motoristas aderirem à mobilização, enquanto aguardavam no sinal.  

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Içara Soares de Abreu com o filho Augusto, de um ano e seis meses, que usava uma bandana da bandeira do Brasil. 

 

Mais ação e menos reclamação
“Se não fizer nada é a mesma coisa que concordar, então vamos agir”, comenta Raquel Mallmann, vendedora.
“Tudo é válido, temos que tentar, independentemente de partido”, diz Patrícia Bortolini, empresária.
“A questão agora é pressionar o congresso e o judiciário para tomar as medidas necessárias para derrubar o governo”, destaca Marco Antônio Aguinel, estudante de Direito da Unioeste. Ele e os amigos Douglas Cadore e Edemilson Cenci estavam de camiseta preto, representando luto pelo Brasil, e com um adesivo “eu apoio Sérgio Moro”. 
Juliana Guisso Lenzi, administradora, torce para que haja resultado. “O que queremos é um País melhor e a mudança do governo. Não tem nada a ver com partidos”, diz. 
“O protesto vai ajudar, porque é uma forma de pressionar e de fazer acontecer”, afirma Dejanir de Oliveira, vendedor.  
Jocemar de Oliveira, Messias Amorim e Fernando Domingos, funcionários da OI, são de Cascavel e chegaram durante a manifestação. Eles disseram que iriam juntar-se ao protesto porque estão indignados com tanta corrupção. 

Júlia e Milena com a mãe Patrícia Bortolini,durante manifestação ontem à tarde.

 

 

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