
O caminhoneiro Givanildo Borghezan, 45, trabalha há 15 anos como motorista e considera que a categoria continua muito desvalorizada no Brasil. Atualmente, ele é funcionário numa empresa que faz a logística da AmBev no transporte de cerveja.
Ele começou como ajudante numa distribuidora de bebidas de Francisco Beltrão, em 2005, ficou na função por dois anos até passar a motorista. Desde então é a sua principal atividade econômica.
Givanildo faz a rota Ponta Grossa-Francisco Beltrão, utilizando a BR-277 diariamente e diz que após o término da cobrança de pedágio o trânsito está muito intenso e, em alguns lugares, o pavimento já está precisando de reforma. “A gente trabalha em dupla na viagem. Ou seja, viaja em dois motoristas e dois ficam esperando em casa.”
De acordo com ele, a rotina do caminhoneiro é difícil, principalmente pela insegurança. Há medo tanto dos assaltos como dos acidentes, que são frequentes em todo o País. “O motorista é bastante desvalorizado, ficou mais nítido quando aconteceram aquelas paralisações (greve dos caminhoneiros em 2018) e a gente viu muitas pessoas que saíam xingando motorista, chamando de ‘bando de vagabundos’, porém muitos não sabem o quanto é difícil manter um caminhão na estrada com mecânica, pneu, pedágio.”
Segundo ele, poucos cidadãos têm consciência que tudo que vão comprar no supermercado foi transportado por um caminhoneiro. “Sem contar a violência, assaltos que temos na estrada onde muitos lugares não dá pra rodar à noite.”