Foram atendidos pelos padrinhos alunos da Escola Higino Pires e parte da Escola Francisco Manoel da Silva.

Antes das 8 horas, a maioria das crianças já estavam sentadinhas nos bancos do saguão à espera do Papai Noel, que chegou por volta das 8h15.
Foto: Flávio Pedron/JdeB
O último sábado, dia 1º, foi marcante para muitas crianças que estudam nas escolas municipais Higino Pires, do Bairro Sadia, e Francisco Manoel da Silva, do Bairro Novo Mundo, em Francisco Beltrão. Os alunos receberam o Papai Noel dos Correios que foi entregar diversos tipos de presentes solicitados por eles, em cartinhas escritas ainda em outubro. Em cartinhas personalizadas, os estudantes escreveram os presentes que gostariam de ganhar.
Esta campanha tradicionalmente é organizada pela agência dos Correios de Francisco Beltrão, sob a coordenação do gerente Delmar Rodrigues. Após a convocação da comunidade, as pessoas ou empresas adotam as cartinhas, compram os presentes e os entregam na agência central dos Correios. Na sequência os presentes são entregues em cerimônias coletivas, nas escolas contempladas pelo projeto.
Crianças ansiosas
O dia de receber os presentes é aguardado com ansiedade pelos aluninhos. É o caso do Michel, que estuda no 3º ano B, da Escola Higino Pires. Márcia Maria Gomes, mãe do menino, contou que ele estava ansioso para participar do evento. Bem cedo, antes das 8 horas, a maioria das crianças do ensino pré-escolar e do ensino fundamental – 1º ao 5º ano – já estavam sentadinhas nos bancos do saguão à espera do Papai Noel, que chegou por volta das 8h15. O Papai Noel foi recebido com aplausos. Aplausos também para o gerente da agência dos Correios, Delmar Rodrigues.
Os pais ficaram nas laterais, observando os filhos. Numa das salas, professores e funcionários já estavam a postos para a maratona de entrega dos presentes. Cada turma tinha um espaço definido e cada presente tinha o nome do seu destinatário. A aluna Emanuele foi a primeira a receber, na sequência vieram o Luan, Izabele, Daniel, a Iasmin e os demais… Um a um, cerca de 285 crianças foram chamadas à frente para ganhar o presente e o abraço do Papai Noel. Os que chegaram mais tarde, com os pais, receberam por último seus mimos porque o Papai Noel tinha o compromisso de entregar os presentes para cerca de 70 crianças da Escola Francisco Manoel da Silva depois das 9 horas.
Expectativa desde o envio das cartas
A diretora Vera Lúcia Pavanello também estava envolvida na organização e na recepção aos pais e alunos. “As crianças estão muito ansiosas, elas esperam muito por este dia. A partir do momento que elas fazem as cartinhas, sabem que vai chegar o dia da entrega, então elas ficam muito ansiosas”, contou. Os pais são convidados para acompanhar este momento que é importante para as crianças.
Delmar Rodrigues comentou que havia uma perspectiva menor, em termos de adesão de padrinhos à campanha de 2018. Com o esforço do pessoal dos Correios e da comunidade, os objetivos foram atingidos. “A gente tinha uma expectativa bem menor pra este ano. A expectativa nossa era atender 150 crianças. Mas, assim, graças à resposta que tivemos dos padrinhos e parceiros, praticamente dobramos a expectativa [de atendimento]. Foi extraordinário! A gente tá bem feliz e praticamente a totalidade dos alunos da escola foi adotada”, destacou. Foram cerca de 360 presentes entre as duas instituições de ensino.
Os estudantes pediram para os padrinhos principalmente mochilas, material escolar, bolas, bonecas e carrinhos. “Isso é normal deles pedirem”, ressaltou Delmar. Mas teve aqueles que pediram livros. “Achei bem bacana. Achei fantástico! É uma sementinha de um projeto [de leitura] que nós estamos há anos fazendo aqui na Higino Pires. O livrinho vai me dar algo além. Foram bastante pedidos acessíveis, pra qualquer padrinho adotar, e, talvez, até por isso que tivemos essa adesão em massa dos parceiros”.
A campanha tem se repetido na Escola Higino Pires, nos últimos anos, porque há muitas crianças em situação de risco e carentes. “Todo ano a gente trabalha com mais de uma escola [nesta campanha]. A Higino Pires, pela questão socioeconômico, pela realidade social deles, e a gente conhece o trabalho que é feito aqui, e também com alguma outra escola. Esse ano, vamos pro outro lado da cidade, no Novo Mundo, mas a Higino sabemos que atinge aquela parcela que é público-alvo do projeto, que são crianças em [situação de] vulnerabilidade social, mas que continuam vindo à escola, continuam estudando e dando exemplo”.