
O Rotary Club Industrial, 11º e mais novo clube rotariano fundado em Francisco Beltrão, recebeu sua primeira intercambiária no programa de intercâmbio de jovens da entidade. Lindsey Trembath, de 17 anos, chegou há duas semanas vinda do Canadá e se diz surpresa com o desenvolvimento urbano brasileiro, além de estar se adaptando à língua, à rotina escolar e ao calor.
O Brasil era a terceira opção da adolescente de Sault Ste. Marie, cidade de aproximadamente 70 mil habitantes que fica no estado canadense de Ontario. “Minhas primeiras opções eram França e Bélgica. Tinha outra impressão do Brasil, mas me surpreendeu a quantidade de prédios e o desenvolvimento das cidades. Aqui [Beltrão] lembra um pouco a minha cidade por causa da população, mas tem mais prédios e as casas são construídas mais perto uma das outras. Também faz bem mais calor que no Canadá e já sei que só tende a aumentar”, compara a estudante, que mora com o pai, Jeff, a mãe, Kristi, e a irmã, Amy, em um sítio afastado do centro de Ste. Marie.
Há apenas duas semanas no Brasil, Lindsey só pôde conhecer alguns pontos turísticos em Curitiba, onde passou três dias antes de chegar ao Sudoeste. Aqui, ela ainda está se adaptando à nova escola e aos novos colegas. “Até agora, está sendo muito difícil acompanhar as matérias e explicações dos professores, mas meus colegas me receberam muito bem, falam inglês – o que ajuda muito – e ainda há outros sete estrangeiros na minha sala, isso facilita”, diz ela, que estuda no Colégio Águia e em breve começará a ter aulas de língua portuguesa no Yázigi. “No Canadá, as aulas são um pouco diferentes. A gente não fica na mesma sala e começa a estudar um pouco mais tarde”, completa.
Quem também está se adaptando à nova rotina é Silmara Vicenzi, “mãe” de intercâmbio de Lindsey durante os próximos três meses. Sem saber falar inglês, ela recorre às ferramentas tecnológicas para ajudar na comunicação. Nada que interfira na experiência de vida da família. “É uma experiência maravilhosa. A gente aprende muito com eles, há uma troca de culturas que é muito legal. E quando a gente não se entende, pede ajuda do tradutor na internet”, relata Silmara, cuja filha, Júlia, hoje também faz intercâmbio na França.
O intercâmbio da canadense deve durar 11 meses. Nesse período, ela passará por três famílias. Segundo Maria Estela Valandro, responsável pela imagem pública do Rotary Club Industrial, Lindsey é a primeira intercambiária do clube, fundado há três anos. “Para nós, rotarianos, para o Leonir Faenello, presidente do clube, foi uma emoção esperar por ela e está sendo uma experiência ótima. Esse modelo de intercâmbio dá uma tranquilidade muito grande por haver essa confiança mútua entre as famílias que recebem os jovens”, declara Maria.