Uma vez por ano, a Pastoral Familiar organiza o casamento comunitário na Paróquia.

Os casais foram entrando um a um e sentando no banco da frente até a hora de dizer o tão esperado “sim”.
“O matrimônio é vocação. Por isso o homem e a mulher deixarão seu pai e sua mãe, e unidos pelo matrimônio não serão mais dois, mas um só corpo e um só espírito. Dando início às realizações dos sonhos que juntos construirão com amor e esperança”, leu o comentarista durante o rito de entrada dos casais no casamento comunitário da Paróquia Cristo Rei, no Bairro Cango, sábado à tarde. Em seguida, as portas da igreja se abriram e um a um os casais foram entrando. Organizado pela Pastoral Familiar, o “sim coletivo” foi um momento especial para quem se propôs a subir ao altar para oficializar a união perante a Igreja Católica.
O pároco, padre Flávio Volpato, disse que o convite foi aberto para toda a comunidade da paróquia (seis bairros e três comunidades do interior).
O casamento comunitário reuniu pessoas que já vivem juntas e que por uma razão ou outra não tinham conseguido casar. “Ou por comodismo ou por dificuldade financeira as pessoas se juntam e vão ficando, mas a Igreja sempre incentiva o sacramento do matrimônio, porque é uma oportunidade de formar uma família perante os amigos, familiares e com a benção da Igreja.” O casamento teve também participação dos padres Valdecir Bressani e Nevercildo Prigol.
Ely Batista Braga, 67 anos, e Neusa Marques Braga, 58 anos, vivem juntos há 24 anos. São moradores da comunidade de Nova Concórdia e trabalham como diaristas no campo. Seo Ely acredita que o casamento na Igreja é uma benção que estava faltando em sua vida. “Tudo tem seu tempo, mas a gente vinha sendo muito castigado por enfermidades. Então achei que tava faltando alguma coisa. O coração pediu. Já estou até me sentindo melhor”, comentou.
Os dois se conheceram no Paraguai enquanto trabalhavam na roça. “Ele cantarolava enquanto trabalhava e eu achava engraçado. Então me chamou pra sair e deu certo da gente ficar junto.” Moraram um tempo em Rondônia (RO) e depois vieram residir em Francisco Beltrão. Ely tem uma filha de sua primeira esposa e Neusa um filho com seu primeiro esposo.

Os dois se conheceram no Paraguai enquanto trabalhavam em uma lavoura.
Fotos: Niomar Pereira/JdeB