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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Cesta básica teve novo aumento em outubro

Em Francisco Beltrão, neste ano, o arroz já teve aumento de 94% e o óleo de soja 96%.

Arroz um dos produtos com maior aumento de preço ao longo do ano.

Os alimentos essenciais tiveram novos aumentos de preços na nova pesquisa do Grupo de pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento – Ciências Econômicas/Unioeste. O levantamento, referente ao mês de outubro, mostra aumento mais expressivo em Pato Branco 8,21%, seguido por Francisco Beltrão 8,20%; Realeza 7,22%, e com a menor alta, Dois Vizinhos, 4,32%.

Em valores nominais, o preço da cesta básica individual mais elevada foi a de Francisco Beltrão, R$ 471,25, seguida por Realeza, R$ 457,98, Pato Branco, R$ 451,61, e a de menor custo foi a de Dois Vizinhos, R$ 451,47. De janeiro a outubro, a elevação de preços é ainda mais expressiva: Francisco Beltrão (18,24%), Pato Branco (23,83%), Dois Vizinhos (28,59%) e Realeza (38,04).

A pesquisa da cesta básica realizada mensalmente pelo Dieese constatou, para o mês de outubro, que o custo da cesta básica apresentou aumento em 15 capitais e redução em Salvador (-1,05%) e Curitiba (-0,60%), comparativamente ao mês de setembro. As maiores altas foram observadas em Brasília (10,03%), São Paulo (5,77%) e Campo Grande (5,54%).

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O comportamento dos preços dos itens que compõem a cesta básica, entre setembro e outubro, de acordo com o Dieese, seguiram uma trajetória de alta nos preços do óleo de soja, do arroz, da carne, da batata e do tomate. Nas cidades pesquisadas pela Unioeste, o comportamento dos preços dos itens da cesta básica foi semelhante ao observado nas capitais, com aumentos para os mesmos produtos.
O preço médio do óleo de soja apresentou alta em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com destaque para Brasília (47,82%), João Pessoa (21,45%), Campo Grande (20,75%) e Porto Alegre (20,22%).

Nas cidades pesquisadas pelo Grupo de Pesquisa da Unioeste, o óleo de soja aumentou em todas, com destaque para Pato Branco (18,13%) e Dois Vizinhos (14,43%).

Segundo o professor José Maria Ramos, coordenador da pesquisa, a alta dos preços do óleo de soja nas prateleiras dos mercados é explicada pelo “alto volume de exportação, a baixa oferta interna devido à entressafra e a elevação do preço do grão no mercado internacional”.

O preço médio do arroz agulhinha ficou mais caro nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com variações entre 0,39%, em Aracaju, e 37,05%, em Brasília. No Sudoeste, alta no preço do arroz parboilizado nas quatro cidades pesquisadas, com destaque para Francisco Beltrão (15,55%) e Dois Vizinhos (12,71%).

A elevação dos preços do arroz ocorreu em virtude da maior demanda “das indústrias dos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e São Paulo, ao aumento das cotações no mercado internacional e às exportações do grão. Mesmo que haja maior oferta, propiciada pelas importações, o câmbio desvalorizado deve manter elevado o valor do arroz comercializado”

O valor médio da carne bovina, de primeira, registrou alta em 16 capitais com variação entre 0,50%, em Curitiba, a 11,50%, em Brasília. A queda foi registrada em Florianópolis (-10,84%). Nas cidades pesquisadas do Sudoeste, o preço da carne aumentou em todas. As maiores altas foram em Pato Branco (5,67%) e Francisco Beltrão (4,81%). A alta do preço da carne está associada a uma menor oferta de animais para abate e ao aumento das exportações do produto.

 

Consumidores falam sobre aumentos
O JdeB conversou com algumas pessoas para saber a opinião com relação ao aumento nos preços dos produtos básicos:
Donaria Pereira, 65, professora aposentada – Francisco Beltrão – “Vejo que todo dia está aumentando. A carne, o óleo, o arroz. Eu geralmente compro o arroz Tio João, e ele praticamente dobrou o preço. Hoje está R$ 33, e eu pagava em média R$ 15. Até as verduras aumentaram. Está bem complicado. Para quem ganha um salário mínimo eu não sei como vive. É bem difícil.”

Leonardo Benhur Chaves, 24, analista de marketing – Francisco Beltrão – “Notei diferença no preço do óleo, arroz, macarrão. Costumeiramente, pagávamos aproximadamente R$ 250 por mês nos produtos básicos de casa. Hoje passamos de R$ 400, isso sem o custo de carne ou outras coisas. O nosso planejamento mensal saturou, porque os salários não aumentam e os produtos sim. Deixamos de comprar algumas coisas mais luxuosas no mercado como sorvete, doces, peixes. É incerto o que vem pela frente. Não conseguimos mais prever um mundo que muda com velocidade que não acompanha o nosso crescimento, seja ele profissional ou pessoal.”

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