
A Comissão de Inquérito da Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão ouviu ontem seis testemunhas no caso que apura contas da gestão passada. As chamadas “oitivas” servem para embasar o trabalho da comissão, que é formada pelos vereadores Tiago Correa (PV), Bruno Savarro (PL), Júnior Nesi (PSDB) e Julio Spada (Novo). Eles questionaram os secretários municipais Cintia Ramos (Saúde) e Júnior Galvão (Infraestrutura e Mobilidade), os ex-secretários Manoel Brezolin (Saúde), Elois Rodrigues (Fazenda) e Antonio Carlos Bonetti (Administração) e o ex-prefeito Cleber Fontana (PSDB).
A comissão foi formada depois que a nova administração assumiu e verificou que, basicamente, havia despesas de obras e serviços que não estavam empenhadas e isso fere os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os valores em questionamento giram na casa dos R$ 15 milhões, sendo o maior montante o do setor de saúde, com R$ 13 milhões. Nas respostas, todos se colocaram com tranquilidade para colaborar.
Os ex-secretários frisaram que tudo foi feito dentro da lei e desconhecem a natureza do rombo apresentado pela comissão, que está se baseando em dados levantados ainda no período de transição (novembro de dezembro do ano passado) e que foram expostos no começo deste ano. Daí que suscitou a formação da comissão. Na semana que vem mais pessoas serão convocadas para responder as perguntas dos vereadores.