Beltrão
Há muitos anos se fala na vinda da rede de lojas Havan para o município de Francisco Beltrão. Nos comentários pela cidade sempre se procuram os culpados: seriam os empresários locais que não têm interesse? Seriam os corretores ou donos de imóveis que pedem muito? Os políticos da gestão anterior? Neste momento não é hora de olhar para trás.
É hora de olhar para frente! De que jeito? Beltrão está perdendo investimentos no mercado imobiliário devido aos altos valores cobrados pelos terrenos. Um terreno na região Sul não pode valer o mesmo da região Norte e vice-versa. Quem sofre com isso? As pessoas que querem financiar imóveis, os prestadores de serviços e a economia local. Muitas famílias acabam adiando o sonho da casa ou apartamento próprios porque o valor do terreno é muito alto.
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É hora de pensar mais na cidade, no coletivo e ter visão de longo prazo. O valor hoje pode ser menor na venda do imóvel, mas se pensar a médio e longo prazos a valorização virá, não há dúvidas. Outra opção é também o aluguel de imóvel para investimentos. Pense: um aluguel por uma, duas ou três décadas, sempre corrigido anualmente. Muitas empresas pelo Brasil deixaram de investir em construções e passaram a alugar terrenos para uma estrutura menos dispendiosa.
E por que temer a Havan? Por que pensar em só valorizar o comércio local? Aqui já estão as redes de farmácias São João, Preço Popular, Brava, Nissei e Droga Raia competindo com as farmácias locais. As redes Benoit, Pernambucanas, MM, Magazine Luíza, Quero Quero, Por Menos, SL Móveis e Colombo competem com as lojas locais.
As franquias da área de refeições rápidas – os fast foods – competem com os outros estabelecimentos. Este é o princípio: a competição econômica. Vai ficar quem tiver melhores condições.
