Eles estão no campo da oposição;pela situação, a chapa deverá ser Cantelmo Neto e Eduardo Scirea.
Jocemar Madruga, no seu escritório
Ontem à tarde, duas lideranças políticas de Francisco Beltrão se encontraram para conversar sobre as eleições de 2016. E os dois são prefeituráveis.
Pelo PSDB, o vereador Cleber Fontana, 37 anos. Pelo PDT, o ex-vereador Jocemar Madruga, 49.
Dos dois, Cleber tem dito que seu nome está colocado para a disputa majoritária no ano que vem. “Para vereador não vou mais, já cumpri minha função; estou preparado para o executivo”, tem dito em várias entrevistas desde o ano passado.
Já Madruga, filiado recentemente no partido, tem tido uma postura mais discreta sobre a corrida eleitoral do ano que vem. Ele foi vereador de 2001 a 2004, pelo PC do B, e nesse ano concorreu a prefeito, totalizando 8,5% dos votos. Depois foi vereador pelo PT, de 2009 a 2012; não concorrendo à reeleição.
“Não firmei minha candidatura , minha família esta bastante resistente, enfim, converso com todos os que me procuram para conversar, não fecho as portas para ninguém, foi com orgulho que recebi o Cleber em meu escritório, como me orgulhei com outras lideranças políticas e empresariais que me visitaram”, disse Madruga ao JdeB, pelo Facebook.
O presidente local do PDT, Aldemar Pazzeti, também estava presente.
Cleber foi eleito vereador em 2004, pelo PMDB. Em 2007 migrou para o PT e foi candidto a vice-prefeito em 2008 (na chapa do também petista Eduardo Scirea, atual vice).
Em 2010 foi para o PSDB, ocupou cargo de secretário municipal de Meio Ambiente (gestão Wilmar Reichembach) e em 2012 se elegeu vereador.
“Foi uma conversa boa com o Madruga, lembramos do passado no movimento estudantil, e também sobre a política atual e sobre 2016; eu reforcei para ele que meu nome está colocado para a disputa de prefeito, para ganhar ou perder, pretendo ser candidato, me sinto preparado”, comentou Cleber, também por Facebook ao jornal.
Outro nome
Na sexta-feira, o País estará a um ano das eleições municipais. Além de Madruga e Cleber, o nome do ex-prefeito Vilmar Cordasso (PP) tem aparecido nas conversas das lideranças.
Cordasso, 64 anos, foi vice-prefeito de 1993 a 96, pelo PL (Partido Liberal; atual PR), e, pelo PP, prefeito de 2001 a 2008. Disputou a prefeitura também em 1996 e 2012.
Nas entrevistas, tem sido reticente quando perguntado sobre nova disputa em 2016.
No meio do ano, a direção municipal do PP chegou a anunciar que “em setembro” o partido apresentaria uma posição mais clara sobre 2016. O mês termina hoje. Se houve alguma reunião política da legenda, não foi anunciada.
Também na oposição, o deputado estadual Wilmar Reichembach (PSC) informou, na semana passada, que tem trabalhado pela “unidade” do grupo. Além do PSC, PSDB e PP, fazem parte desse aglomerado o DEM, PTB, PSD e PMN.
O PDT tem se apresentado, nesse contexto, como independente. Um dirigente seu, Alberto Andrade, ocupa uma função na Secretaria de Urbanismo, daí ele se licenciou da executiva da legenda.
Por sua vez, o deputado federal Assis do Couto (PT) só espera a “janela” para trocar de partido sem prejuízo do mandato. Ele está de “mala e cuia” prontas para aderir ao PDT – que está, em Francisco Beltrão, cada vez mais distante da administração Neto/Scirea.
Situação
Pelo lado da situação, tudo aponta para a candidatura à reeleição da chapa do prefeito Antonio Cantelmo Neto (PMDB), 48 anos, e do vice-prefeito Eduardo Scirea (PT), 50.
Além desses dois partidos, estão no grupo PV, PPS, PC do B, PR, SD, PSL, PRB, PSB e PTC.
Atualmente, o legislativo tem dez cadeiras e a situação está em desvantagem, com o apoio de quatro. Os outros seis são oposição. Na eleição de outubro do ano que vem serão eleitos 13 vereadores.
