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Francisco Beltrão
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Edição 8.227

17/06/2025

Colégio Glória 70 anos: Assembleias escolares contribuem com a formação democrática

Como essa prática favorece a convivência saudável na escola?

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Aluna Isabela Daroit Guerra afirma que as assembleias escolares “são muito importantes”.

JdeB e assessoria – “Acredito que as assembleias são muito importantes, porque prezam pela opinião dos alunos, mostram que é importante ter mudanças e acredito que essas mudanças influenciam na vontade de vir para escola, de estar neste ambiente e aproveitar todos os benefícios que oferece”, destaca Isabela Daroit Guerra, estudante do 2º ano do Ensino Médio.

“Acho interessante a forma didática da pessoa, no nosso caso foi o coordenador que fez a assembleia, sobre o que deve ser implantado ou não no Colégio, de acordo com nossas opiniões.”

A estudante Isabela participa das assembleias escolares, que é uma prática sistemática institucionalizada no Colégio N.S. da Glória, como forma de abrir espaço à participação dos estudantes. Nesse espaço participativo, cada estudante pode expressar suas críticas, felicitações e dar sugestões de como melhorar a convivência do seu grupo e a aprendizagem. As assembleias escolares contribuem para desenvolver o diálogo, resolver os próprios conflitos a partir de estratégias não-violentas educando, assim, para a cultura de paz. Como é uma prática sistemática na escola, por exemplo, o Fundamental I realiza mensalmente e Fundamental II e EM, trimestralmente. Eles já sabem que podem contar com esse momento institucional para refletir sobre a melhoria na convivência e na vida acadêmica. Com o momento das felicitações busca-se destacar o que há de positivo, que os estudantes valorizam, mas também as boas atitudes dos colegas que querem e aprendem a destacar.

Segundo Irmã Teresinha Dorigon Vieira, nas assembleias são construídos valores de democracia e de cidadania, além de ensinar a importância do diálogo na resolução de problemas. “Nós, irmãs escolares, temos como base a gestão participativa, dialógica, então desenvolvemos esses valores na sala de aula, através dessa prática assembleias escolares no Fundamental I, II e no ensino médio.”

Irmã Teresinha destaca que é trabalhado tanto a questão da autorregulação da convivência quanto as questões de organização para aprendizagem, de modo a adquirir estratégias para que os estudantes também possam ajudar uns aos outros.

A metodologia da assembleia é a seguinte: o professor coloca um cartaz na sala de aula com dois temas: “o que eu critico” e “o que eu felicito na turma”. Os estudantes elencam suas críticas e felicitações. Em seguida, todos escrevem as suas ideias, o/a professor/a recolhe o cartaz e leva para o dia da assembleia que já está estabelecido. “Por exemplo no Fundamental I, a professora, junto com os alunos, aborda cada um dos itens da lista que eles colocaram e vai discutindo. Eles têm que aprender a resolver conflitos, resolver problemas, para melhorar a convivência.”

A sala de aula funciona como um “laboratório”, no qual os estudantes discutem os problemas, procuram resolvê-los e dão sugestões, com ênfase na cidadania. “Eu, como cidadão, vou poder tanto me defender, quanto exigir os meus direitos de ser respeitado, mas também o dever de respeitar. Eu também vou aprender a falar, me expressar, porque todos têm o direito à palavra.” No caso de alguma sugestão que extrapole à sala de aula, o assunto é levado à direção da escola para ser resolvido. Caso não possa ser resolvido no momento, é dado um retorno àquela turma para que eles percebam que estão sendo escutados.

Assim, a escola vai trabalhando em vários ângulos a prática da escuta ativa e da participação cidadã no intuito de que tudo é conteúdo de aprendizagem e que estas aprendizagens possam ser aplicadas às famílias que serão constituídas no futuro e na comunidade profissional onde atuarão essas crianças e adolescentes.

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