
Da assessoria – Na manhã de ontem, 11, teve início uma ação social do município de Francisco Beltrão de abordar indivíduos em situação de rua, visando acolhê-los e reinseri-los na sociedade, tratando de possíveis problemas como drogadição, desemprego ou alcoolismo. O prefeito Antonio Pedron (MDB) destacou: “A sociedade vive um grande problema: se de um lado as pessoas não têm segurança e sentem-se amedrontadas, de outro, essas pessoas em situação de rua precisam de apoio para superar suas dificuldades. Francisco Beltrão manterá o município seguro e oferecerá oportunidades para essas pessoas”.
A ação consiste do seguinte modo: a Polícia Militar, que é parceira no projeto, realiza a primeira abordagem, averiguando se o indivíduo está armado ou se apresenta algum grau de periculosidade mesmo quando não armado, além de verificar eventuais mandados de prisão em aberto; posteriomente, um médico e uma enfermeira realizam uma triagem, verificando eventuais enfermidades e dispondo, se necessário, de medicamentos e curativos; por fim, a assistência social entra em ação, abordando essa pessoa para que seja encaminhada para sua casa, seja em nosso município ou fora dele, e se a pessoa abordada for beltronense terá acompanhamento médico além de ser encaminhada ao mercado de trabalho.
O secretário de Assistência Social Felipe Guerios destacou: “Hoje [ontem] conseguimos abordar 15 pessoas, das quais 10 aceitaram nossa ajuda. A ação será constante, contando sempre com o apoio do Conseg [Conselho Comunitário de Segurança Pública] e da Polícia Militar do Paraná. Para além, conseguimos de antemão identificar 60 indivíduos que, no momento oportuno, serão abordados e encaminhados para suas casas e para o mercado de trabalho, portanto fazemos um apelo à população beltronense para que não dê esmolas”.
O pedido de que não sejam dadas esmolas parte do fato que o indivíduo nessa condição, muitas vezes, acaba por não desejar a mudança em prol do poucos trocados que ganha, gerando assim a falsa sensação de segurança e conforto, mas que contribui para que mais pessoas permaneçam em uma realidade sub-humana.
“Ao invés de dar esmolas, nós pedimos que as pessoas que se compadecerem dessa realidade doem ao nosso banco de doações, pois a partir dessas doações o município poderá fazer a destinação correta dos recursos”, frisou Pedron.
“Esse problema afeta o país todo, sobretudo nas cidades de médio e grande porte. O sucesso dessas ações depende de como os órgãos competentes lidarão com o fato. Muitos desses indivíduos não voltam para suas casas por problemas familiares e, nas ruas, são acometidos de doenças físicas e mentais. Devemos estar atentos ao direitos, mas também aos deveres de todos”, sublinhou o tenente-coronel Rogério Pitz.