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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Comerciantes e CDL de Beltrão se posicionam contra o lockdown do comércio

Beltrão

Idemar Anghinoni Júnior, Douglas Benetti, Vera Dalpubel, Syrlei Zapelini e Luciano Steimbach, ontem pela manhã, em frente à CDL. (Foto de Luciano Trevisan/JdeB)

 

Um grupo de empresários esteve em frente à CDL de Francisco Beltrão na manhã desta segunda-feira, 1º, com o objetivo de manifestar publicamente a sua posição em relação ao decreto do Governo Estadual nº 6.983/21, que impede as atividades dos serviços considerados não essenciais até o dia 8 deste mês.

Os comerciantes argumentam que as medidas adotadas pelo Governo prejudicam severamente o setor varejista enquanto outros seguem trabalhando sem restrições e com aglomeração de pessoas. “Não queremos que os demais setores fechem; ao contrário, queremos que todos trabalhem seguindo os devidos cuidados”, frisou Luciano Steimbach, empresário do setor de decorações.

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“Fechamento total é um absurdo, temos o exemplo de São Paulo, uma cidade com milhões de habitantes que não parou, vem trabalhando em sistema de rodízio. Aí você pega um município como Francisco Beltrão, que tem perto de 100 mil pessoas, e fecha totalmente o comércio? Não faz sentido”, pontuou a comerciante Noeli de Souza, que atua na área de confecções.

Se fechar por 15 dias, empresas quebramA principal preocupação dos empresários presentes na manifestação é a de que as restrições ao funcionamento do comércio sejam estendidas. “Embora represente um grande prejuízo, que vai levar meses para ser resolvido, nós aceitamos o fechamento nesta semana. Mas se as autoridades estenderem o lockdown, o comércio vai quebrar”, frisa Luciano Steimbach.

“O comércio vem fazendo a parte dele, tomando todos os cuidados, há um ano. É um dos setores mais responsáveis no cumprimento das medidas sanitárias. Oito dias parados é até suportável, mas 15 dias não é, as empresas vão quebrar, vai haver desemprego”, complementou o empresário Douglas Benetti, do setor de instrumentos musicais e relojoaria.

“Nós não aceitamos o fechamento do comércio na próxima semana. Você não corrige um erro com outro, mas é isso que estão fazendo. Faltou atitude do poder público e agora o comércio é que paga”, comentou o empresário Odirlei Bueno. Ele atua no comércio de tintas, segmento que está autorizado a trabalhar, mas compareceu à manifestação para apoiar os colegas comerciantes.

Falta informação
Os empresários também questionam a falta de informação no que se refere ao que pode ou não funcionar durante o lockdown do Governo Estadual. “Foi um decreto mal explicado, até agora falta informação e muitas empresas não sabem ao certo como agir, não sabem o que podem ou não fazer”, reclama Luciano Steimbach.

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CDL quer reunião com o prefeito
A direção da CDL informou que solicitou audiência com o prefeito Cleber Fontana (PSDB) para tratar do assunto e manifestar a sua posição contrária ao fechamento do comércio e a uma possível prorrogação do lockdown. A entidade montou na manhã de hoje uma comissão envolvendo diretores e associados para tratar do tema.

“A CDL está ao lado do lojista. Não podemos aceitar que o comércio, que vem trabalhando corretamente, seguindo todos os protocolos, pague por mais essa situação. Vamos buscar na Prefeitura uma alternativa para que o nosso empresário possa trabalhar e manter a economia e os empregos”, declarou a presidente Vera Dalpubel.

Setores com grande fluxo estão funcionando
Um dos pontos que faz os comerciantes questionarem a eficiência do decreto estadual, adotado pelo município, é a liberação do funcionamento normal de setores que promovem aglomeração de pessoas. “Se pagar bancos e lotéricas, por exemplo, em uma hora há um fluxo de pessoas que corresponde ao mês todo de um pequeno comércio”, argumentou o tesoureiro da CDL, Davi Nesi.

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