Beltrão

Como a maternidade interfere na agenda profissional. Juliana Girardello conta sua experiência com o filho Benjamim, de 10 meses.
Fotos: Arquivo Pessoal
“Eu sempre brinco aqui em casa, que eu deveria ser remunerada pela minha dupla jornada, pois as coisas ficaram bem agitadas depois que o Benjamim nasceu. O salão exige bastante da minha disponibilidade, e confesso que estamos em fase de adaptação ainda, pois ser mãe e profissional não é tão simples como eu imaginei”, comenta Juliana Girardello, cabeleireira. Benjamim, que completa 1 ano dia 4 de julho, nasceu aos 8 meses de gestação, por causa de complicações em decorrência de pré-eclâmpsia. Por ser prematuro, Juliana teve que reduzir seus atendimentos e destinar seu tempo a ele. “Eu não queria ajuda para cuidá-lo, pois eu tinha em meu pensamento que a responsabilidade era totalmente minha, e assim o fiz.” Quando o pequeno estava com 3 meses, ela optou por fechar o salão para dedicar-se exclusivamente à maternidade. “Porém, ouvi um conselho de uma amiga, também proprietária de salão de beleza, que me disse: ‘Ju, os bebês crescem e, depois que eles crescerem, você sentirá falta da sua carreira, do seu trabalho, atende aos poucos, mas não abdique totalmente!’ Acho que foi o melhor conselho da minha vida, agradeço muito por isso. E foi a seu convite, que passei a atender no salão dela.” Passados dois meses, Benjamim já estava se desenvolvendo bem, então ela resolveu retomar com seu espaço novamente. Juliana está atendendo, mas o ritmo não é o mesmo. “Flexibilizo minha agenda, de modo que eu consiga ficar uma boa parte do dia com meu filho, e outra parte eu consiga atender as minhas clientes, e elas tem sido super compreensíveis.” Além disso, o marido Daniel Girardello é fundamental, porque contribui pra que ela consiga trabalhar. “Logo, ao completar um ano, pretendo matricular Benjamim numa escolinha de Educação Infantil, meio período, para que aos poucos eu consiga voltar com a totalidade da minha agenda.”
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