Assembleia extraordinária vai avaliar proposta de venda de um dos imóveis da entidade para quitar dívidas.
O jantar beneficente da Associação Marrecas do Bem-Estar à Criança e Adolescente (Amarbem) no último sábado, 29 de fevereiro, foi um sucesso. Dezenas de pessoas lotaram o centro comunitário do Bairro Luther King, em Francisco Beltrão. A maioria das pessoas compraram antecipadamente os ingressos. Quem compareceu sem ingresso, acabou pagando o jantar ou pegou marmita para fazer a refeição em casa. As pessoas demonstraram solidariedade com a entidade assistencial.
O presidente da Amarbem, Luiz Carlos Postal, agradeceu à imprensa, pela ampla divulgação, e aos beltronenses que compraram os ingressos para o jantar beneficente. O lucro líquido será utilizado para saldar débitos da entidade que permanece sem atendimento às crianças e adolescentes, conforme pedido feito à promotora da Infância e Juventude, Camile Dib Crippa.
Assembleia para venda de imóvel
A diretoria programou para o dia 13, sexta-feira, às 19h, a assembleia extraordinária dos sócios – pessoas do Movimento de Cursilho da Cristandade – para discutir as seguintes pautas: assuntos gerais e a proposta de venda de parte fracionada de terreno da entidade onde fica o barracão da marcenaria.
Luiz Carlos Postal explicou ao JdeB que o barracão está ocioso e hoje rende um aluguel de R$ 600 mensais. Antes de vendê-lo será feito um estudo de fracionamento do imóvel, desmembrando-o em cinco terrenos. Este desmembramento, se aprovado pela assembleia, será feito seguindo o que determina a Lei Municipal (Plano Diretor).
A proposta é que sejam vendidos dois terrenos, com os recursos de um deles pretende-se pagar as dívidas e do outro levantar recursos para futuros investimentos na Amarbem. Os outros três ficariam como reserva de capital para serem utilizados em planos futuros. Para que haja a negociação, será necessária a aprovação dos associados.
Conforme Luiz Carlos, as dívidas foram herdadas ainda quando da intervenção do Ministério Público, em 2015. O presidente disse que a maioria das pessoas do Movimento de Cursilho, que são os sócios-mantenedores, quer a manutenção das atividades da associação. Até o ano passado eram atendidas cerca de 65 a 70 crianças e adolescentes com atividades de contraturno escolar e fornecimento de refeições e lanches.
Neste ano, as atividades não foram retomadas. Foi pedido à promotora de prazo até dia 10, terça-feira, para a definição se retornam os atendimentos ou não. “Essa parada foi estratégica pra sanar as dívidas”, ressalta o presidente.
Nesta parada, o conselho da Amarbem decidirá se encerra temporariamente as atividades, sabendo-se que pode perder alguns registros da instituição e consciente de que terminadas as dívidas, vai ser solicitado novamente os registros perante os órgãos e conselhos de Assistência Social que são necessários para pleitear verbas públicas.
No entanto, a padaria da Amarbem continua funcionando. Diariamente, os funcionários produzem uma média de sete mil pães que são vendidos em empresas locais, na feira livre de quarta e sábado, no Calçadão, e na própria sede da associação, no Bairro Padre Ulrico.
Luiz Carlos considera importante mobilizar as pessoas para a causa da Amarbem. Desde 1981 a associação atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.