Greve foi encerrada na segunda, por determinação do TST.

Parte dos servidores dos Correios que estavam em greve retomou ontem as funções na entrega de correspondências e encomendas. Apesar da decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) em determinar o fim da paralisação, somente uma parte dos grevistas retornou ao trabalho em Francisco Beltrão. Até a tarde de ontem, metade havia voltado às funções e o restante aguardava a assembleia da categoria, que aconteceria à noite, para decidir sobre o retorno.
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Durante os quase 40 dias de greve, o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios em Beltrão trabalhou com somente 30% do efetivo – são 27 funcionários – mas não parou, segundo o gerente da unidade, Zilmar Antonio de Lemos. Os funcionários que continuaram trabalhando priorizaram as entregas de Sedex e PAC e quase nenhuma carta simples foi encaminhada para as residências e empresas. Na agência, o serviço funcionou normalmente.
E mesmo com o fim da greve, não há um prazo exato para a normalização das entregas, porque não é possível saber quantas ainda vão chegar ao CDD de Beltrão. “Acreditamos que em 20 dias tudo seja normalizado, mas não sabemos quantas correspondências e produtos estão represados nos centros de distribuição de cidades grandes e virão para cá a partir desta retomada dos serviços”, explica Zilmar.
TST determinou fim da greve
A greve foi encerrada por decisão do TST, após julgar o dissídio da paralisação de trabalhadores da estatal. Os ministros consideraram que a greve não foi abusiva. No entanto, haverá desconto de metade dos dias parados e o restante deverá ser compensado. Além disso, somente 20 cláusulas que estavam previstas no acordo anterior deverão prevalecer. O reajuste de 2,6% previsto em uma das cláusulas foi mantido.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas.