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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Cresce número de pessoas que caem na “malha fina” do seguro-desemprego

Tem pessoas tentando encaminhar irregularmente o pedido em outras cidades.

 

Izolete Gemelli, está tudo interligado.

É cada vez maior o número de pessoas que encontram dificuldades para liberar o seguro-desemprego. Segundo levantamento do jornal O Estado de São Paulo, cerca de quatro em cada 10 solicitações ficam presas na “malha fina” do Ministério do Trabalho. Trabalhadores de todo o país estão enfrentado o mesmo problema.

De acordo com a gerente da Agência do Trabalhador de Francisco Beltrão, Izolete Gemelli, o novo sistema do Ministério do Trabalho está interligado com todos os outros órgãos do Governo Federal, cruzando dados dos segurados e das empresas com a Receita e a Caixa Econômica Federal. “As pessoas que mais estão tendo problema são aquelas que tinham uma empresa em seu nome e que não deram baixa nas Receitas Federal e Estadual”, diz.  

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Para alguns trabalhadores, o prazo para obtenção do seguro-desemprego saltou de 30 dias para 120 dias. “O governo está fechando o cerco e quem recebeu algum benefício de forma indevida está tendo que devolver dinheiro em vez de receber.” Neste ano, a Agência do Trabalhador local encaminhou em janeiro 138 seguro-desempregos, 162 em fevereiro, 249 em março e 237 em abril.

Até o mês apurado, o aumento registrado foi de 9,62%, se considerar o mesmo período do ano passado. “Pra ter uma ideia do quanto está tudo interligado, dias atrás um homem procurou a agência para encaminhar o seguro-desemprego, mas constava que ele estava morto. Ficamos na dúvida, apuramos com o Ministério do Trabalho e de fato ele aparecia como uma pessoa que tinha falecido. Informamos ele sobre essa situação e nunca mais apareceu para encaminhar o pedido.”

Izolete destaca que o sistema de encaminhamento de seguro-desemprego de Francisco Beltrão tem um diferencial com relação às demais cidades. “Aqui ninguém encaminha o seguro sem participar de uma reunião. Aqueles que ainda não concluíram os estudos são incentivados a participar das turmas de EJA (Educação de Jovens e Adultos).”

Atualmente são 40 alunos distribuídos pelas turmas em cada bairro. “Já que a pessoa não estará trabalhando, é uma oportunidade para se qualificar.” Conforme disse, muitas pessoas tentam driblar o sistema tentando encaminhar o seguro em cidades vizinhas. “Mais isso não representa 10% e uma hora acaba descoberta, porque tem que forjar documentos como comprovante de endereço, por exemplo”, ressalta Izolete.

Números da agência

Em 2016, a Agência do Trabalhador colocou no mercado de trabalho 400 trabalhadores, de janeiro a maio. Houve uma redução de 12,57% com relação aos cinco primeiros meses de 2015, quando fechou com 451 trabalhadores colocados.

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