Antonio Pedron diz que investir em saúde e educação é primordial para absorver novos moradores, além de atrair empresas para gerar empregos.

O município de Francisco Beltrão vem crescendo em população, atraindo novas empresas dos segmentos de comércio, indústria e prestação de serviços e, consequentemente, abrindo mais empregos. No primeiro semestre de 2022 foram abertos 1.660 novos postos de trabalho, por empresas de diversos segmentos da economia. O número de ligações de água também cresceu nos últimos seis meses. Muitas das oportunidades de investimentos ou necessidade de novos projetos e obras passam pelo apoio e ação do poder público local. O vice-prefeito Antonio Pedron (PSD), que tem se empenhado nos projetos estruturantes para Francisco Beltrão, diz que a administração municipal precisa estar antenada com o que acontece e propor ou desenvolver ações que visem o desenvolvimento da cidade. Devido ao crescimento econômico dos últimos anos, o prefeito Cleber Fontana (PSDB) e o vice apostam que Francisco Beltrão, hoje com 93 mil habitantes, vai chegar antes do final desta década aos 100 mil habitantes.
Para se preparar para o futuro, o poder público local precisa investir nas áreas de saúde, educação, saneamento e atrair novos investimentos privados – empresas do comércio e indústria. “Nós temos que estar sempre atentos e receber as pessoas visando o aumento da população. Como município que quer crescer, vamos torcer pra chegar aos 100 mil habitantes, porque nós mudamos de patamar junto ao governo, a entidades paraestatais e isso atrai novos investimentos pra cidade naturalmente.”
A cada ano a população de Francisco Beltrão vem aumentando. Pedron argumenta que “esse crescimento da população tem sido ocasionado pela oferta de empregos que estamos tendo e pela qualidade de vida que a cidade oferece. Eu conheço pessoas que vieram com toda família pra cá e estão empregadas. Entre esses moradores, tem o pessoal com alta qualificação e pessoas com baixa qualificação do exterior que veio à procura de empregos”.
Censo Demográfico
O vice-prefeito ressalta que é preciso, como poder público, aguardar os resultados do Censo Populacional de 2022 para analisar os dados de população, do índice de desenvolvimento humano, do ensino e de desenvolvimento geral. “Mas o desafio é manter a qualidade que estamos mantendo. No setor de saúde nós somos referência para o Brasil. Na educação não ficamos muito longe, mas temos que melhorar mais. Com esse aumento de população nós temos que ver: o que faremos? Então, o município tem essa preocupação, sim! Por isso, nós estamos construindo novas creches, novas escolas, um ponto fundamental visando o crescimento populacional.” Ele também cita os grandes investimentos públicos na Saúde – Hospital Intermunicipal e ambulatório da Unioeste – e que isso atrai investimentos privados no entorno.
Beltrão não pode “dormir no ponto”
Antonio ressalta que a administração municipal não pode deixar de perceber as coisas que estão acontecendo, como o desenvolvimento da Saúde e do setor empresarial com a chegada de novas empresas e a ampliação de empresas locais. “Nós estamos antenados e percebendo isso. E estamos na busca de mais empresas novas que venham pra cá, mesmo que o município precise dar um incentivo fiscal, que geralmente não é muito grande, mas isso é importante. Esse é o papel que temos feito e que tem dado resultados concretos.” Mas o vice-prefeito defende que muitas matérias-primas sejam transformadas em Beltrão. “Uma coisa que eu busco muito é que nós temos que agregar na parte industrial, agregar valor às matérias-primas com produtos industrializados. Um exemplo é o leite. A nossa produção vai praticamente toda embora. O leite sai a R$ 4 e não agrega nada, só 8% de impostos, 8% do montante que vai pra soma depois de calculado. Se nós pegássemos esse leite e agregasse valor em produtos como iogurte ou queijo, o valor triplica ou quadruplica. O empresário beltronense não se dispõe a investir nessa área ou quase não investe. Um dos programas que vejo necessário é um grande plano de investimentos e depois os programas pra incentivar a pequena queijaria e o pequeno processador de carne e criar um ambiente de comercialização. Agora, com a equivalência do nosso SIM pelo Sisbi, podemos vender nossos produtos [de origem animal] pro Brasil todo. Isso vai ser mais fácil. Então, é um conjunto de ações que precisa.”