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Francisco Beltrão
quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

+2 HORAS DE ESPERA

Crises respiratórias graves sobrecarregam UPA de Beltrão

Atendimentos na UPA passam dos 600 por dia, com espera de mais de 2h. Secretária de Saúde alerta para importância da vacinação e medidas preventivas.


Vacinas contra a influenza estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde de Francisco Beltrão para todas as faixas etárias acima dos seis meses. Foto: Assessoria.

Francisco Beltrão enfrenta alta nos casos de síndromes respiratórias que tem sobrecarregado os atendimentos de urgência e emergência da Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde, a principal causa até o momento é a maior circulação dos vírus Influenza A e B.

Segundo Cíntia Ramos, secretária de Saúde, a média de atendimentos na UPA tem sido de 600 por dia, o que tem gerado um tempo de espera de até 2h30. No 18 Horas, localizado no Centro de Saúde Cidade Norte, também há sobrecarga, especialmente no atendimento pediátrico. O reflexo é sentido também no novo Hospital Geral Intermunicipal, que está com taxa de ocupação de 130% nos leitos destinados à pediatria.

Cíntia explica que o aumento já vinha sendo notado desde a semana passada e reforça que a Saúde mobilizou equipes para dar conta da alta demanda. Tanto na UPA quanto no 18 Horas houve aumento na equipe médica e na equipe multiprofissional.

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Vacinas disponíveis para todas as faixas etárias

Cíntia também faz um apelo à população para que recebam a vacina, especialmente entre os grupos prioritários: crianças pequenas, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades e trabalhadores da saúde. “Não hesite, procure fazer a vacinação da influenza e a vacinação da COVID. A vacinação da gripe já está disponível desde semana passada para toda a população, a partir de seis meses de vida. A vacinação é eficaz, é segura e está de forma gratuita, disposta em todos os postos de saúde.”

Orientações para prevenir a gripe

Entre as orientações preventivas, estão manter os ambientes bem ventilados, evitar aglomerações, reforçar a higiene das mãos e usar máscara em caso de sintomas gripais.

 “A doença respiratória é um problema que está atingindo todo o Sul do Brasil. Estamos vendo superlotação também no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”, alerta a secretária.

No Paraná, maior crescimento de casos foi registrado em crianças

Dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) apontam um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) entre crianças no Paraná em 2025. A nota de alerta foi divulgada na sexta-feira, 16. O levantamento, entre 29 de dezembro de 2024 e 10 de maio de 2025, mostra que foram notificados 3.601 casos em crianças menores de 12 anos — um aumento de 18,5% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 3.039 casos.

O maior crescimento foi observado na faixa etária de 5 a 11 anos, com aumento de 32,9% no número de casos, passando de 591 em 2024 para 786 neste ano. A faixa de 1 a 4 anos também apresentou alta, saltando de 1.170 para 1.379 casos.

O número de óbitos entre crianças pequenas também cresceu. Na faixa de 1 a 4 anos, foram 11 mortes por Srag em 2025, um aumento de 175% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve quatro registros. Entre bebês com menos de um ano, houve uma ligeira redução, de 10 para 9 óbitos.

Embora a maior parte das mortes ainda ocorra entre idosos — especialmente acima dos 60 anos —, os números apontam para uma tendência de agravamento entre o público infantil. No total, o Paraná já soma 7.282 casos e 339 óbitos por Srag até a 19ª semana epidemiológica de 2025.

Cobertura vacinal abaixo da expectativa

Em 2024, a cobertura vacinal no Paraná para a Influenza no grupo prioritário de gestantes, mulheres em período pós-parto, crianças e idosos atingiu apenas 59%. A meta de imunização da Saúde do Estado é de 90% desses grupos.

Já em relação à vacina contra a COVID-19, o Paraná atingiu a meta de vacinação de 90% para a população acima de 12 anos de idade, mas ficou abaixo para a população de 6 meses a 11 anos. Em crianças de 6 meses a 2 anos, a cobertura foi de apenas 43,7% para a primeira dose e 16,2% para a segunda dose. Para crianças de 3 a 4 anos, a cobertura vacinal atingiu apenas 36,1% para a primeira dose e 17,6% para a segunda dose.

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