6.7 C
Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Decisões da Comfrabel devem ser tomadas em conjunto

Momento não é para “julgar e crucificar” ninguém, diz um dos liquidantes da Cooperativa Mista Francisco Beltrão.

 

Arenil: proposta de trabalho conjunto.
Foto: Flávio Pedron/JdeB

 

Os novos liquidantes da Cooperativa Mista Francisco Beltrão (Comfrabel), Arenil Reolon, Adeolino Capelina e Neocir Basso, devem fazer um trabalho diferenciado. Em entrevista ao Jornal de Beltrão e Rádio Onda Sul, quinta-feira, Arenil Reolon disse que todas as decisões serão tomadas em conjunto também com a participação dos membros do conselho fiscal, formado por Celmo Salvadori, Leoclínio Brufatti e Valdemar Andretta, agricultores de Francisco Beltrão.
A proposta dos novos liquidantes é que os associados sejam informados sobre a situação da cooperativa e as decisões. “Tudo o que acontecer, de hoje em diante, que seja de relevância pros associados e pra Comfrabel, eles (os sócios) vão ser os primeiros a receber as notícias através dos órgãos de imprensa, é importante que nesse momento a gente possa fazer um trabalho sério, que os nossos pais, que já são falecidos, começaram a construir e construíram até onde puderam”, disse Arenil.

- Publicidade -

O tempo
Ele relatou que o momento não é de críticas. “Não vamos julgar e nem crucificar ninguém, mas a partir de hoje a gente espera dar um fim à sociedade, eu tô falando isso hoje, mas não se sabe se depois, amanhã a luz surge, a gente pode mudar de ideia, porque depois da tempestade a luz acende e você ainda consegue reverter, porque antes, o que era uma desgraça agora é uma graça de Deus. A gente pensa sempre o melhor possível pros sócios.”

O passivo
Arenil falou sobre as dívidas que a cooperativa tem com diversos credores. A entidade está inativa, ou seja, não compra e vende cereais e insumos desde 1991. “Hoje eu acredito que dívida trabalhista não existe, os conselheiros ganham Pró-Labore, a não ser a parte jurídica, que daí tem as questões trabalhistas que estão sendo recolhidas. Nós pegamos esse processo. Hoje em dia, o maior credor, segundo as informações que nós temos, é o Banco do Brasil, que teria os imóveis da sede aqui para garantir a dívida que a Comfrabel tem perante o banco”.
Mas a organização não tem apenas dívidas, ela ainda conta com receitas decorrentes do aluguel de imóveis. “Essa receita que a gente tem mensalmente, por último, a gente teve um acesso maior que o doutor Luiz [Carlos Dagostini, ex-liquidante] vinha praticando, essa parte financeira, nós temos hoje uma receita que, segundo informações, é de R$ 33 mil mensais, temos débito junto à Prefeitura, de IPTU, que são de R$ 16 mil e poucos, de imediato, que a gente tem que quitar, e as despesas do dia a dia, de água e luz e alguma coisa. Vamos ver se nós conseguimos colocar isso transparente também para os associados. Eu, de repente o conselho fiscal ou os membros liquidantes vão até se abster dos seus honorários para pagar os compromissos que virão, pra nós ter uma receita certa, do que nós temos e do que nós podemos gastar”, informou Arenil. 

Final feliz
A Comfrabel conta com dois silos de grãos e a sede no Bairro Luther King/Entre Rios, em Francisco Beltrão, e mantinha entrepostos em Marmeleiro, Renascença, Salgado Filho, Eneas Marques e Ampere. A cooperativa montou o laticínio que depois foi vendido para a Latco e uma fábrica de rações que foi vendida para a Perdigão.
A intenção, conforme Arenil, é contar com a colaboração dos ex-liquidantes – Luiz Carlos Dagostini e Antonio Carlos Bonetti -, dos associados e da sociedade para que a cooperativa tenha um final feliz.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques