Decisões do Incra estão em outras instâncias
O Incra de Francisco Beltrão atravessa um impasse político sobre a mudança ou não da chefia. ??Nós aqui fazemos o que é possível dentro da lei??, diz Carniel. O caso dos assentados de Palmas está sendo discutido em instâncias superiores ? Curitiba e Brasília.
Enquanto isto não se resolve, o chefe atual Luiz Carniel vai trabalhando normalmente.
Mas muita coisa não depende dele ? e nem se o chefe fosse outra pessoa ?, como o já longo caso dos assentados de Palmas, que estão numa área considerada imprópria pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e Ministério do Meio Ambiente.
Ou seja, para o Incra, por exemplo, liberar verba ou prestar assistência para as 189 famílias palmenses, precisa ter antes garantias legais dos órgãos ligados ao meio ambiente.
Mas há 15 dias um grupo desses assentados esteve no Incra beltronense, tentando pressionar.
Na semana passada, em Beltrão, o superintendente estadual do Incra, o recém nomeado Celso Lacerda, não quis dar nenhuma declaração política, muito menos administrativa.
Ele afirmou que a política seria definida pelas forças locais e que ele não interferiria.
E do ponto administrativo disse que estava tomando pé da situação e adiantou que para este mês de abril o Ministério do Desenvolvimento deverá expor um ??mapa da reforma agrária?? no Brasil apontando diretrizes de encaminhamento nos Estados.
De qualquer maneira, em março, vazou pela imprensa que o Ministério disponibilizaria cestas básicas para assentados mais emergenciais.
Mas o superintendente do Incra não tinha nenhuma informação oficial a este respeito.