Beltrão

O ex-prefeito de Francisco Beltrão (2009/2012) e hoje deputado estadual Wilmar Reichembach foi aluno dos lassalistas nos anos de 1975 e 1976. Chegou quando as instalações foram transferidas do centro para a chácara, no atual Bairro Seminário. Enquanto morava lá, cursou o 1º e o 2º ano do ensino médio.
Veio por influência do Irmão Cirilo, que era o orientador vocacional e, passando por Nova Esperança do Sudoeste, o convidou, entre outros. “Naquele tempo, era difícil os pais liberarem os filhos, porque era um desfalque o filho sair do serviço da lavoura. Eu estudava em Nova Esperança, mas à noite, e de dia ajudava o pai na roça.”
Wilmar lembra que o total de internos era menor que em anos anteriores, assim como perdia (no número e no futebol) para os internos do Seminário São José, que ficava em frente. “Um grupo pequeno, de 20 a 25, a maioria com idade de 15 a 20 anos.” Para estudar em colégios da cidade, eram transportados numa Kombi, mas para ir à missa, na São José da Vila Nova, assim como ir para a cidade, muitas vezes, era a pé.
Como eram os lassalistas? “Pessoas que passavam para os jovens os valores especiais e incentivavam bastante para os estudos. A maioria era de origem humilde, então havia uma integração grande com as nossas famílias, a gente vivia como uma família.”
Valeu a pena aquele período de internato? “Valeu muito a pena, a gente tirou princípios importantes daquela convivência de dois anos e, também por ter estudado, abriram-se portas para fazer concursos e ter caminhado para alguma perspectiva maior.”
Wilmar lembra dos irmãos Cirilo, Cláudio e Ezídio, que permaneciam no internato, assim como Milton Graeff, que estava chegando, e os que tinham saído, como Espedito, Ivo Kummer e Léo Flach.