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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Diretor da Unipar diz que Fies causou transtorno aos estudantes

?Cada um dos problemas que estamos enfrentando foi por má gestão do governo federal?, afirma Claudemir de Souza.

 

Claudemir de Souza no Café Acefb, terça-feira.

Enquanto a presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), se reunia terça-feira, 19, com estudantes e membros da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Brasília, para debater sobre os rumos do Financiamento Estudantil (Fies), o mesmo tema era debatido no tradicional “Café Acefb”, da Associação Empresarial de Francisco Beltrão. De acordo com o jornal Valor Econômico, o governo federal estuda uma forma de abrir uma nova edição do Fies no segundo semestre deste ano. 

“O Fies causou um grande transtorno para alunos, pais e educadores. Mas para entender o que está acontecendo, temos que voltar no tempo, nas campanhas eleitorais do ano passado, quando o governo federal anunciou na mídia seus programas educacionais como o Ciência sem Fronteira, Pronatec, Prouni e Fies. O governo pensou num projeto de governo e não pensou num projeto de país. E está aí o problema que estamos vendo hoje”, destacou Claudemir de Souza, diretor da Unipar de Beltrão.
Claudemir citou como exemplo a recente greve dos caminhoneiros, que praticamente travou o transporte no país, o que, de alguma forma, é um dos fatores para a atual crise. “O governo subsidiou as empresas de transporte com financiamento para a aquisição de 288 mil caminhões. Mas não tem frete suficiente para pagar essa dívida, o país não está crescendo, além do que, despencou o valor do frete e o caos se estabeleceu.” 
“Cada um dos problemas que estamos enfrentando foi por má gestão do governo federal. Com o Fies, Pronatec, Ciência sem Fronteiras, as bolsas de estudo para professores estudarem no exterior, tudo foi suspenso. Não foi pensado nas consequências futuras”, lamentou Claudemir.
 
Mas por que o Fies virou motivo de revolta?
“O juro do Fies era de 3,4% ao ano, onde o aluno financiava 50% ou 100% das mensalidades. Depois de formado, o aluno teria um ano e meio de carência para começar a devolver o restante em 12 anos. Muitas pessoas pegaram 100% de financiamento. Se for feita uma pesquisa, com certeza 50% desses estudantes poderiam pegar apenas 50% do crédito e pagar a outra metade da mensalidade. Aí virou uma bola de neve. Quando você aumenta o volume de financiamento, consequentemente vai se colocando dinheiro nesse processo e não vai tendo o retorno”, explicou Claudemir, que também é professor de Finanças na Unipar.

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