Incertezas geopolíticas e desvalorização do real ainda podem trazer novos reajustes.

JdeB – Um novo levantamento de preços da gasolina foi realizado nesta semana pelo JdeB, que verificou aumento de 14 centavos no preço médio do combustível em comparação com a última pesquisa, um mês atrás. No posto mais barato da cidade, a gasolina ficou 27 centavos mais cara, enquanto que em pelo menos dois estabelecimentos não houve variação de preços. Outros reajustaram entre dez e 25 centavos e a diferença entre o mais barato e o mais caro caiu de 47 para 29 centavos.
O último reajuste da Petrobrás ocorreu há 50 dias. Um proprietário consultado pelo JdeB alega que mesmo a companhia não tendo aumentado os preços em abril, distribuidoras têm reajustado o valor de venda aos postos. Além da alta de custos, como do próprio transporte, um dos motivos seria a necessidade de importação de gasolina, em valores que não são baseados pela estatal.
Levantamento de preços – gasolina comum
Beira Rio (Ipiranga) | R$ 7,10 |
Panda 21 (Petrobrás) | R$ 7,29 |
City Bell (Shell) | R$ 7,39 |
Candoi 3 (RodOil) | R$ 7,14 |
Stop (sem bandeira) | R$ 7,09 |
Luke (sem bandeira) | R$ 7,29 |
São Carlos (sem bandeira) | R$ 7,10 |
Ribeiro (Petrobrás) | R$ 7,22 |
Balança (sem bandeira) | R$ 7,10 |
Panda 6 (RodOil) | R$ 7,14 |
Vila Nova (Petrobrás) | R$ 7,29 |
Maxsul (sem Bandeira) | R$ 7,10 |
No último mês, o preço do barril de petróleo variou pouco (cerca de U$$2) e o dólar continua abaixo dos cinco reais, apesar da cotação em alta nas últimas semanas: estava em R$ 4,80 dia 22 de abril e ontem fechou em R$ 4,97. Estes dois parâmetros têm sido utilizados para basear os preços da Petrobrás, que adota o modelo de paridade internacional. Analistas dizem que a retração do dólar é temporária e que a moeda deve se valorizar mais nas próximas semanas. O petróleo também estará mais caro com a flexibilização de lockdowns na China. Em resumo, a perspectiva é de novos aumentos.