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Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Ele “consertou” um pneu furado com capim

Avelino Tombini Parizotto no dia desta entrevista (25 de março), em sua casa, no Centro de Renascença. Foto: Reprodução

Avelino Tombini Parizotto tem muitas histórias pra contar. Aos 91 anos, ele é o único remanescente dos nove primeiros vereadores de Renascença, na gestão 1961-65 – junto com Valério Toscan e Eduardo Castanha (seus companheiros de PTB), Leodônio dos Santos Barroso (PDC), Jorge Scandolara e Domingos Manfrin (PSD), Luiz Barbieri, Oscar Jorge Henrich e Homero Baú (UDN.


Gaúcho de Espumoso, nascido em 21 de agosto de 1930, Avelino teve seu primeiro caminhão ainda no Rio Grande do Sul. Transportou mudanças para o Paraná, até que veio com a família, em 1954. Vendeu o caminhão e começou com uma bodega, pioneiramente, em Renascença (hoje, o filho José Osmar, o Zeca, dá sequência ao seu trabalho de empresário, como dono do Posto Parizotto, no trevo da cidade).


Do comércio, Avelino mudou para a indústria, tornou-se um industrial da madeira. Sempre dirigiu, tinha caminhão pra puxar toras no mato, pra trabalhar na serraria e transportar madeira “beneficiada” para São Paulo.

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Empresário bem-sucedido, foi convidado para participar da primeira campanha municipal, em 1961, como candidato a vereador. Ele conta que o candidato a prefeito de seu grupo, que seria o eleito, Otávio Gonçalves Padilha, o Tavico, agricultor, conseguiu uma “caminhonetinha” emprestada dos Martini, de Clevelândia, para percorrer o novo município. “Mas aí eu que fiz a campanha pra ele porque ninguém sabia dirigir”, relata o avô Avelino, que continua muito lúcido e de boa memória.


E foi naquela campanha histórica, de 1961,que aconteceu um fato pitoresco. Furou pneu num lugar onde não tinha como consertar, nem pneu pra trocar, nem bomba pra encher. Essa história ele lembrou quando lhe perguntaram se iam muito pro interior.

  • Sim, íamos, me fez lembrar de uma noite. De dia saímos, fizemos as voltas lá pra cima e aí viemos comer um frango, a gente ia jantar lá. Furou um pneu e aí eu e o piá do moinheiro fomos lá de noite, ver se eles tinham uma bomba pra encher o pneu. E eles não tinham bomba. Voltamos, aí tinha cavalos na soga, lá, com uma corda meio nova, e eu disse:
  • “Vamos fazer o seguinte, o moinheiro vai vender a corda aqui pra nós, pra voltar. Ele me deu a corda e eu fiz a janela no pneu e socamos capim dentro, né? Cortei, enchi e passei a corda, vim até uma serraria, e conseguimos chegar.

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