Mais modernas, todas as 22 estações do Estado estão interligadas online, 24 horas por dia.
A estação existe desde 1972 e passa a operar com o novo equipamento junto com o convencional.
A Estação Meteorológica do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) está instalada em Francisco Beltrão desde 1972, e desde então tem levantado dados sobre o clima e o tempo, por meio de um equipamento convencional.
Há cerca de quatro meses, porém, a estação local recebeu, por meio de investimento próprio do instituto, equipamento automatizado para acompanhar o comportamento climático. O Iapar tem 22 estações em todo o Paraná; no Sudoeste, além de Beltrão, há em Planalto, Pato Branco, Clevelândia e Palmas.
Há três anos, Josmar Ramos é o observador meteorológico do Iapar à frente da estação. Ele comenta que, nos últimos anos, o local tem recebido melhorias, tornando o recolhimento de dados ainda mais amplo. Foram instaladas cercas e iluminação, o que é muito importante para o trabalho de campo de universitários.
Para Josmar, o principal investimento é a instalação do equipamento automatizado do Iapar, que antes só tinha na estação do Simepar, onde os órgãos trabalhavam em conjunto. “Essa foi a maior conquista nossa, para o acompanhamento dos dados, que são atualizados a cada 15 segundos, sendo repassados online para o Iapar de Londrina”, esclarece.
Anteriormente, com a estação convencional, que era manipulada manualmente, o observador fazia a coleta de 17 dados do aparelho. Agora, o novo equipamento faz sozinho a medição de todas as informações, como temperatura, chuva, ventos, rajadas, umidade, entre outros, “de forma automática e esses dados são repassados em tempo real para a matriz, essa é a principal diferença”, comenta.
Os dados são coletados pelo equipamento 24 horas por dia, de segunda-feira a segunda-feira, e Josmar ainda fecha as informações três vezes ao dia, para fazer a observação de fenômenos, como raios e rajadas de vento.
Segundo o observador, para se manter uma estação, ela precisa estar em local alto e aberto, porque quanto mais alto, mais dados precisos são coletados. No município, o posto do Iapar fica próximo à Estação de Tratamento da Sanepar, a 650 metros do nível do mar.
O acompanhamento continua sendo feito nos dois equipamentos. Segundo Josmar, cada vez mais são necessários dados climáticos, devido às grandes mudanças.
“Este ano tivemos o inverno mais rigoroso dos últimos sete anos, sendo que em 2016 tivemos 11 noites com geada. Esse é o período do inverno, mas desde 2009 vínhamos com o ano todo praticamente de calor. Mesmo agora, em época de inverno, estamos tendo essas variações de temperatura, porque estamos saindo do El Niño e entrando no La Niña”, explica.
continua em funcionamento.
