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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Em curso de mães realizado no Hospital Regional, professora de yoga mostra como usar o sling

 

Grupo de mães que participaram do curso na manhã de ontem, com Mariele e Ângela. 

 

Desde fevereiro do ano passado, mães e gestantes, pacientes do Hospital Regional do Sudoeste (HRS), se reúnem semanalmente para participar das dinâmicas do Grupo de Mães idealizado pela unidade. O projeto, coordenado pela médica Mariele Monteiro e pela psicóloga Ângela Morais, prioriza o atendimento diferenciado a essas mulheres, que pelo nascimento dos filhos prematuros e o tratamento na UTI neonatal, ou até mesmo gestação de risco, permanecem muitos dias e até meses internadas.
O grupo quer proporcionar às mamães um momento de descontração. “Nosso objetivo é tirar as mães da rotina da UTI e fazer com que elas participem do grupo para trocar experiências, conversar, tirar dúvidas e ainda produzir trabalhos manuais”, diz a psicóloga. Durante os encontros, as mães já fizeram crochê, bordados e inclusive acessórios do enxoval do bebê, como toalhas e cueiros.

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Trabalho de voluntários
Além dos encontros para trocar experiências, sempre que é possível o HRS traz voluntários de diversas áreas para repassar às mães informações sobre o universo da maternidade. Na manhã de ontem, foi a vez da professora de yoga e doula Vanessa Verdi, proprietária do Shakti, espaço de yoga, saúde e bem-estar, participar da reunião. 
Vanessa mostrou às mães a importância e a utilidade do sling – carregador de bebê tipo canguru. Segundo ela, quando se usa o sling para carregar o bebê, especialmente o recém-nascido, o primeiro benefício é o fortalecimento do vínculo. “Vim aqui para explicar para as mães como usar o sling e incentivar o uso depois que saírem do hospital e quando os filhos já estiverem mais crescidos.”
Além do fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, o sling tem outros benefícios. Vanessa comenta que seu uso faz com que o bebê tenha menos cólicas, devido à posição vertical em que ele fica no colo da mãe, o que facilita também o funcionamento do intestino. “Ele também fica mais calmo e dorme melhor”, informa a professora de yoga.
Para a mãe, o uso do sling alivia as dores nas costas, porque a posição em que se carrega o bebê é mais confortável. Mas é preciso utilizar de maneira correta, por isso a relevância do curso realizado para o grupo de mães do Hospital Regional. “Tem que tomar cuidado com o tipo de tecido e qualidade que você vai usar para fazer o sling. Tem que se preocupar também no treinamento para poder usá-lo da melhor maneira. Usado de forma errada, traz risco de asfixia para o bebê, de displasia e risco de queda se não colocar direito. É preciso cuidar com objetos que estão em volta, não é só o fato de produzir e carregar seu bebê, antes é preciso se informar e usar corretamente.”

Mães dedicadas
Nenhuma das mães que participam do curso com Vanessa tinham tido contato tão de perto com o sling antes. Algumas ouviram falar, mas não imaginavam como seria usá-lo. Larissa Wurtzel, 23 anos, mãe do pequeno Davi, internado na UTI neonatal há 84 dias – ele nasceu prematuro de 29 semanas – disse que vai experimentar. 
Ângela e Mariele lembram que o curso não é direcionado apenas às mães; os pais, se puderem, também são convidados a participar. 
Aliás, o uso do sling é recomendado inclusive aos homens, que quando carregam o filho dessa maneira também estreitam os laços e dividem as obrigações e felicidades da criação com as parceiras. 

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