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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Em menos de um mês, remendos na PR-483 já apresentam buracos, rachaduras e ondulações

DER afirmou que o serviço e o material estão “adequados às especificações”, mas irá retirar amostras e fazer novos ensaios.

Serviço começou a ser realizado no mês passado e ainda prossegue, mas onde remendos foram feitos já há desgaste. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB

O trecho da PR-483 entre o posto da Polícia Rodoviária no Bairro Água Branca e o trevo de acesso a Salgado Filho está recebendo melhorias. Os trabalhos iniciaram dia 9 de outubro, no entanto, antes mesmo de a recuperação do trecho ser finalizada, alguns pontos já apresentam problemas.

O JdeB percorreu a rodovia nesta semana e verificou que existem locais com rachaduras visíveis e que propiciam infiltração de água, além de ondulações e até mesmo buracos que se abriram no asfalto feito há poucos dias. Neste trecho está sendo executado um serviço chamado remendo superficial, que repara buracos que não necessitam de melhorias na base ou sub-base do pavimento – uma camada do piso é retirada com fresadora e um novo asfalto (CBUQ) é colocado e compactado.

Em nota, o DER (Departamento de Estradas e Rodagem) afirmou que está ciente quanto a estes problemas e vai retirar amostras do pavimento para verificar as características físicas e mecânicas do material empregado no trecho. Segundo o órgão, “a princípio, os ensaios realizados no dia da execução dos serviços estavam adequados às especificações do DER/PR”.

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Sempre que esse tipo de serviço é realizado nas rodovias, tanto o DER quanto a empresa contratada para executar as melhorias realizam ensaios diários do material. Depois da aplicação, o pavimento recebe uma sondagem com acompanhamento do Departamento para verificar se atende às especificações contratadas. Atualmente, a frente de trabalho está próxima à Churrascaria Frizzo e já realizou o serviço em cerca de nove km. A Dalba Engenharia, que executa as melhorias, afirmou que faz o controle do material com ensaios regulares para assegurar a qualidade do pavimento e que o serviço realizado segue o padrão e as especificações previstos no contrato com o DER.

Além de buracos, há locais com trincas que permitem infiltração de água. Toto: Leandro Czerniaski/JdeB

Desgaste prematuro
Um engenheiro civil especializado em estradas analisou as fotos dos remendos a pedido do JdeB e confirmou que o pavimento apresenta indícios de desgaste. “O material está visivelmente poroso, apresentando trincas que chamamos de escama de jacaré, por onde a água vai se infiltrando”, avaliou. O profissional apontou uma série de fatores que podem ter contribuído para o desgaste prematuro, como material fora de especificação, camada superficial mal dimensionada, material ligante não efetivo, excesso de peso dos veículos, sub-leito e sub-base inadequados e aplicação fora de procedimentos e condições de tempo ideais.

Neste ponto, área que recebeu o novo pavimento está ondulando. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB

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