Proposta apresentada durante reunião do Conselho Popular do Transporte coloca nas empresas a responsabilidade com custeio de transporte.
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O presidente do Conselho Popular e do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Francisco Beltrão (Sitrofab), Josiel Teles, apresentou quatro propostas para a melhoria nas condições do transporte púbico durante reunião com o prefeito Cleber Fontana (PSDB) e vereadores eleitos, terça-feira, 24. Uma delas é pelo passe livre, a ser garantido por um subsídio dado pelas empresas.
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“Se instituísse uma taxa social para empresas que têm de 5 a 10 funcionários, outra para empresas com 10 a 50 e outra para empresas com 50 a 100, esse valor criaria um sistema que permitiria o transporte ser gratuito a todos os cidadãos”, destacou Teles ao JdeB, referindo-se a um redirecionamento do que cada empresa já gasta com o transporte de cada funcionário.
A proposta surgiu durante debate com autoridades, após a categoria ter entrado em greve, há duas semanas, pela garantia da tripulação mínima, manutenção do acordo coletivo e falta de recursos em caixa.
Passe livre
Segundo Teles, para cada 88 passes comprados ao mês, por exemplo, o que garante o transporte para um único funcionário, são gastos R$ 1,2 mil. Ao invés de o valor ir para a compra da passagem, ele seria destinado ao próprio transporte, mas com valores reduzidos e calculados a partir do total de funcionários que necessitam do benefício. Para Teles, haveria economia para as empresas e ganho social para o município.
“Com esse valor, sobraria um fundo para manutenção e melhoria do transporte coletivo, pontos de ônibus… Geraria uma tranquilidade para as pessoas se deslocarem, fomentaria todo o comércio, toda a nossa cidade, porque as pessoas não têm um custo para se deslocar”, defendeu, dizendo que a alternativa deveria ser debatida em assembleia.
Medidas emergências
Além desta medida, Teles voltou a defender a revogação da gratuidade do transporte para pessoas acima de 60 anos, substituindo-a por uma tarifa social para pessoas acima de 60 anos; a revogação da lei que impede uso de dinheiro nos ônibus, o que alega ser inconstitucional, e a manutenção dos cobradores nas linhas.
“Os trabalhadores já aceitaram o salário sem reajuste até maio de 2021, mas querem a manutenção do acordo coletivo e a tripulação mínima nos ônibus, por ser impossível o motorista fazer todo o trabalho de cobrar passagem, cuidar catraca, as pessoas, embarque e desembarque, pessoas com necessidade especial e ainda fazer o horário sem que isso represente risco à segurança pública”, frisou o sindicalista.