Nos serviços de call centers do Governo do Estado, os robôs já atendem mais que os humanos.
A equipe da Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) fez palestra na noite de quarta-feira, 11, durante a Expobel, com o tema Inteligência Artificial e o Futuro das Cidades. A abertura dos trabalhos foi feita por Leandro Moura, presidente da instituição, e na sequência Danilo Augusto, engenheiro de computação e especialista em Data Science, falou sobre as novas tecnologias e usabilidade da Inteligência Artificial (IA).
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Um dos assuntos em pauta foi o Programa Paraná Inteligência Artificial (PIÁ), lançado pelo Governo do Estado no ano passado. Trata-se de uma única plataforma que permite acesso a todos os serviços públicos. “A ideia é simplificar a vida do cidadão. Tornar a vida das pessoas mais simples. Com um click, é possível pagar contas, descobrir informações pessoas e agilizar o dia a dia.”
Danilo relatou que o Paraná está atuando na vanguarda da tecnologia mundial. “Quando falamos em inteligência artificial estamos falando em várias áreas do conhecimento.” IA ainda não tem uma definição única. Basicamente, é o conjunto de técnicas usadas para ensinar o computador a aprender coisas que os humanos fazem de forma mais eficiente. É preciso trabalhar em cima de problemas. “É uma forma de automatizar funções, você mostra como fazer uma vez e o computador aprende. Evita a pior parte do fator humano. Reduz custo e com isso as verbas públicas podem ser utilizadas em outras áreas para resolver mais problemas.”
De acordo com ele, nos serviços de call centers do Governo do Estado, os robôs já atendem mais que os humanos. “No ano passado, por exemplo foram 212 mil atendimentos. O PIA no ano passado recebeu 14 milhões consultas. É mais de duas perguntas por cidadão, vocês acham que seria possível. O Estado jamais conseguiria atender toda essa demanda. Só em janeiro 1,5 milhão de solicitações.” Com o PIA, o paranaense pode contar com mais de 350 serviços como agendar atendimento em órgãos públicos, segunda via de documentos, consultar pontuação da CNH, emitir guias de pagamentos, verificar o boletim dos filhos, entre outros.
Boom de inteligência artificial
Danilo diz que até pouco tempo não se falava em inteligência artificial. Tiveram alguns motivos nesta década que levaram ao boom da IA. “Aumento de processamento e memórias. Precisa-se de muito processamento e memória. E isso era muito caro, poucas empresas podiam investir.
Portanto, houve redução nos custos de hardware e, o principal, maior disponibilidade de dados. A cada dois anos, há duas vezes mais dados salvos do que a quantidade de dados até então produzida.”
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Danilo durante sua palestra na Arena Tech Ampernet na Expobel.
Foto: Niomar Pereira/JdeB