Assim como as famílias do Bairro Júpiter, a justiça determinou reintegração de posse da área pública.
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Casa construída em terreno da Prefeitura no bairro Pinheirão, desde 2017.
Fotos: Niomar Pereira/JdeB
Famílias que residem em área de invasão, no final da Rua Acre, no Bairro Pinheirão, em Francisco Beltrão procuraram ontem a redação do Jornal de Beltrão para expor a situação em que se encontram.
Assim como ocorreu na área pública do Bairro Júpiter, a justiça determinou reintegração de posse em favor do município de Francisco Beltrão. A área foi ocupada pelos moradores em 1º de abril de 2017. O local abriga entre 20 e 30 famílias que já edificaram suas casas.
Segundo a Prefeitura, o imóvel não pode ser ocupado porque configura área de risco. Casas construídas no passado já tiveram que ser demolidas, porque estavam em terreno alagadiço. A justiça determinou 15 dias para que a área seja desocupada.
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Os moradores, contudo, não querem sair do lugar. Marli, Luana e Dulci, que estiveram na sede do JdeB, afirmam que todas as famílias construíram suas casas e limparam toda a área, que antes era um matagal. “A proposta da Prefeitura é levar a gente para o Loteamento Terra Nossa, no Bairro Padre Ulrico, só que a gente não quer sair dali. Meu filho sempre estudou ali, a maioria das pessoas trabalha ali no bairro. Temos água, luz, as casas têm fossas e, como o terreno foi aterrado, nunca mais pegou água da enchente ali”, comenta Marli.
Ela salienta que todos concordam em pagar pelos terrenos, contanto que a Prefeitura conceda o título de propriedade, assim como ocorreu na área de invasão do Padre Ulrico. “Pensa, que Natal a gente vai ter com nossas crianças? Como que querem jogar a gente na rua assim, todo mundo tá abalado”, reclama Luana. Elas dizem que a proposta da Prefeitura é remover as casas com um caminhão e transportar até o Padre Ulrico. “Mas como que faz com os banheiros que são de alvenaria?”, questiona.
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