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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Francisco Beltrão destina restos de construções públicas à Pedreira Motter

Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode levar lá os resíduos, mediante o pagamento de R$ 15 por metro cúbico.

A empresa Renova (é da família Motter, proprietária da Pedreira Motter), única na cidade e região com licença ambiental, foi a vencedora da concorrência para o recolhimento e processamento dos resíduos de construção civil de prédios públicos. Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode levar lá os resíduos.

O secretário municipal Adriano Roberto David (Meio Ambiente) informa que, a partir de fevereiro, a administração municipal, através da Secretaria de Viação e Obras, iniciará um teste de pavimentação em estradas municipais com agregado de reciclado, material assim chamado resultante da britagem e peneiramento dos resíduos de construção civil, de acordo com granulometria específica e composição padronizada. O objetivo é introduzir o uso desse material na pavimentação primária, substituindo gradativamente de acordo com o desempenho deste, o cascalho convencional.

Num pavilhão de 32×60 metros, um monte com centenas de toneladas de resíduos de construção que irão para o britador.

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São recolhidos em torno de 400 mil metros cúbicos por mês.

Foto: Ivo Pegoraro/JdeB

A medida visa diminuir a pressão sobre as jazidas naturais de rochas para a extração de cascalho destinado ao uso em vias públicas devido às dificuldades de se encontrar material em quantidade e qualidade para atender as demandas, diminuindo severas mudanças na geografia local e exigindo posterior elaboração e execução de planos de recuperação de áreas degradadas, os PRAD´s.

O secretário Adriano informa, ainda, que também em fevereiro deve-se concluir a definição dos critérios para a regulamentação do transporte dos RCC´s no município e a lei que define o pequeno gerador de RCC, que será submetido à análise do Legislativo municipal. A intenção é, depois disso aprovado, a Prefeitura disponibilizar um PEV (Ponto de Entrega Voluntário) para oportunizar aos munícipes que geram pequenos volumes, como por exemplo até um M³, que levem até o local para posterior destinação correta feita pela Prefeitura.

“Será mais uma tentativa de diminuir os descartes clandestinos e criminosos desses materiais em terrenos baldios, loteamentos inabitados e margens de rios e córregos”, destaca Adriano.

Secretaria tem pontos de recebimento
A Secretaria já oferece pontos de recebimento de eletroeletrônicos. “A coleta de recicláveis contempla todo o município, para móveis volumosos dispõe também de um serviço via WhatsApp central para a entrega dos mesmos, e ainda assim quando o munícipe não tem condições de levar até o local, a Secretaria vai até o endereço e coleta, logo, não há justificativas para o descarte irregular.”
Com a inserção do uso do agregado de reciclado na pavimentação de vias públicas, somado à oportunidade do pequeno gerador fazer o descarte correto de seus resíduos, o município adentra também na rota da sustentabilidade ambiental e econômica do setor, viabilizando as empresas licenciadas para o mesmo, além de ser um material menos oneroso aos cofres do município na hora da aquisição quando comparado com o convencional.

Francisco Beltrão tem um potencial econômico enorme nesse setor devido a sua alta geração, afirma Adriano, devendo ser aproveitado pelo poder público e pela iniciativa privada. “Esperamos assim uma cidade mais limpa, sustentável, inteligente e eficiente, do ponto de vista estético, ambiental e de saúde pública, inibindo pontos de proliferação de vetores, e que se compreenda que a responsabilidade desses benefícios é de responsabilidade obrigatória de toda a população.”

 

Usina de reciclagem
Na usina de reciclagem, o administrador Daniel Motter calcula que recebe entre 380 e 400 mil metros cúbicos por mês, se contar também o que vem da região. A relação varia entre 80 e 90% de Beltrão e 10 a 20% da região. Segundo Daniel, o volume seria maior se todos entregassem na usina.

Tem quem prefere jogar em locais não apropriados, apenas para não pagar o custo da mão de obra que é cobrado pela Renova: R$ 15,00 por metro cúbico, com acréscimo se o material não for “limpo”.

Material limpo é aquele que tem somente madeira, somente concreto e tijolos; se tiver madeira e tijolos misturado, ou plástico, o custo aumenta. Após a seleção, a usina faz a britagem, tirando um material que é utilizado como base de pisos ou obras em construção, contorno de aviários, coisas assim.

Para mais informações sobre destinação de restos de construção, o fone é 3904-1244.

(Este é um dos temas que serão abordados na revista Gente do Sul de fevereiro, tendo Construção Civil como tema principal)

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