Setores de alimentos, construção e alumínios puxaram o bom desempenho.
A geração de empregos em Francisco Beltrão no primeiro semestre deste ano apresentou saldo positivo. Mesmo com as dificuldades pelas quais o Brasil e o mundo atravessam em função da pandemia do coronavírus, o município conseguiu um saldo positivo de 92 empregos no período de janeiro a junho.
O setor industrial foi o que mais contratou empregados, principalmente em maio e junho. No setor, os subsetores que mais contrataram foram os seguintes: alimentos, construção e alumínios/utensílios domésticos.
“O esforço coletivo do poder público e da classe empresarial, encontrando uma série de alternativas, foi fundamental para esta conquista”, diz o prefeito Cleber Fontana (PSDB). A maioria dos municípios do Estado não conseguiu o mesmo objetivo e acabaram o semestre negativados em relação ao mercado de trabalho. No Paraná o saldo foi negativo em mais de 47 mil vagas.
Para o secretário Inácio Pereira, do Desenvolvimento Econômico, “o resultado sugere uma desaceleração da crise e melhora do cenário macroeconômico”. Os setores da indústria de transformação, prestação de serviços e da construção civil foram as que contribuíram na melhora dos números no município.
Dentre as alternativas citadas pelo secretário estão o incremento de crédito para o setor empresarial com juros subsidiados, protelação de pagamento de impostos e alguns auxílios concedidos no período que conseguiram movimentar a economia.

Força de trabalho
“Todas as possíveis medidas de incentivo foram concedidas e felizmente o resultado beneficiou o setor produtivo do nosso município, permitindo a manutenção da força do trabalho”, relata o prefeito. Também enfatiza que as grandes obras públicas em andamento em Beltrão, como a contenção de cheias, construção da nova rodoviária, do hospital intermunicipal e do novo contorno também contribuem para a geração de empregos.
Na visão do secretário Inácio, “quando a pandemia for superada a geração de empregos deve crescer ainda mais no município”. O levantamento sobre a geração de empregos é feita pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Governo Federal.
Atendimentos dobraram
A diretora da Agência do Trabalhador de Francisco Beltrão, Noeli Thomé, revela que “antes da pandemia a gente atendia muitas empresas e muitos trabalhadores, depois da pandemia [do retorno às atividades da Agência] dobrou os atendimentos”. O órgão público procura sempre encaminhar os trabalhadores e conversar com as empresas visando a geração de empregos e contratação de pessoal.
A Agência do Trabalhador vem fazendo relatórios de atendimentos que são enviados para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Na semana passada, entre os dias 20 e 24, foram atendidas 1.772 pessoas. São pessoas que precisam empregos e que precisam encaminhar o Seguro Desemprego.
Boa quantidade
Os números são bons, mesmo com a pandemia: em junho foram contratadas, via Agência, 115 pessoas; em julho – até ontem –, 155 pessoas. “As vagas existem e existem os trabalhadores”, salienta Noeli.
Os desligamentos em julho, até ontem, totalizavam 263. No entanto, a Agência do Trabalhador está fazendo uma separação nos relatórios de trabalhadores de Beltrão e de outros municípios que protocolam o pedido do Seguro Desemprego.
Dos 263 pedidos de julho, 229 foram de pessoas de Beltrão e 34 de outros municípios.
Siton gerou 280 empregos
A Siton do Brasil, que está abrindo o túnel do Rio Marrecas para a contenção das cheias, criou 70 empregos diretos, segundo informação da coordenadora de Recurso Humanos Luana Bendik. Mas ela ressalta que para cada emprego direto são gerados mais três indiretos, portanto somente a Siton contribuiu com 280 empregos em Francisco Beltrão nete ano.