Mesmo com redução no valor do ticket médio, lojistas estão com boa expectativa para a data.
A chegada das baixas temperaturas, esta semana, renovou o ânimo no comércio, às vésperas da segunda data mais importante para as vendas no ano, atrás apenas do Natal. A procura de presentes para o Dia das Mães, no próximo domingo, 10, já está acontecendo nas lojas de Francisco Beltrão e o frio está movimentando, principalmente, os setores de confecções e calçados.
De acordo com uma pesquisa da Fecomércio-PR, 68% dos paranaenses pretendem presentear nesta data — menor percentual desde que a sondagem iniciou, em 2015 — e o valor do ticket médio diminuiu de R$ 125 no ano passado para R$ 105. O motivo é a crise gerada pela pandemia do coronavírus, que paralisou atividades e vem causando muitas dificuldades financeiras.
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Mesmo com a queda nos números, o momento é de otimismo para os empresários. “O Dia das Mães nunca foi tão esperado pelos lojistas. O nosso comerciante, que já tinha perdido o sono por conta dos dias de portas fechadas devido às medidas de combate ao coronavírus, ainda teve que encarar dois feriados nas semanas seguintes. Como setor, não lembro de ter passado por um período tão complicado”, comenta Vera Dalpubel, presidente da CDL de Francisco Beltrão.
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Os lojistas estão com boa expectativa de vendas para o Dia das Mães e a chegada do frio contribui com a melhora do movimento.
Quem vai às compras deve manter os cuidados com uso de máscara e álcool em gel.
Fotos: Aline Leonardo/JdeB
E o frio aquece as vendas
Vera cita a chegada do frio como um ponto positivo para a melhora das vendas: “A queda na temperatura, nesta semana, também deve contribuir, porque geralmente a chegada do frio dá um impulso pro segmento de vestuário. Dia das Mães com temperatura baixa é a combinação que o comércio precisa pra recuperar o fôlego”.
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Para Carlos Eduardo Zanco, gerente da Lillean Calçados de Beltrão, o movimento está bom e o frio “vai ajudar bastante nas vendas”, além das promoções preparadas para a data comemorativa.
Luciano Steinbach, das lojas O Doidão, afirma que as vendas estão praticamente iguais às do ano passado e o valor médio está até maior, “não sei se é porque as pessoas não gastaram por causa do isolamento. O frio ajuda bastante, muda o foco do presente, quando é mais quente, o presente é mais leve. Agora, já procuram peças mais pesadas, como os casacos”.
Sem descuidar da prevenção
Com as vendas aumentando e mais pessoas saindo para as compras, o que não se pode esquecer é que a prevenção ao novo coronavírus deve continuar. As lojas disponibilizam álcool em gel logo na entrada e o uso de máscara é obrigatório. Também é necessário controlar a entrada dos clientes para evitar aglomeração no interior dos estabelecimentos.
“A gente até pede que o consumidor tenha paciência, não podemos encher a loja como fazíamos antes; agora é limitado, porque é para o bem de todos. Mas estamos esperançosos que seja um bom dia de vendas. O tempo está ajudando os setores de confecções e calçados; ano passado a temperatura estava mais elevada. Ontem e hoje [terça e quarta] o movimento já está muito bom”, diz Fernando Frank, da Mania de Calçar.
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