Entre as melhorias junto ao poder público, a adequação de espaços para armazenagens de medicamentos e alimentos das escolas.

O empresário Marcelo de Campos foi reeleito à presidência do Observatório Social Francisco Beltrão para mais dois anos de mandato durante a assembleia realizada segunda-feira, 26 de maio, na Associação Empresarial (Acefb).
O Observatório foi criado em 2008, mas Marcelo participa da entidade desde 2014 e, desde então, continua na presidência. Na época, assumiu a entidade para promover uma reestruturação.
Marcelo lembra que o município foi um dos quatro primeiros do Brasil a contar com Observatório Social. Uma das funções é acompanhar o desempenho administrativo e de gestão do município, atuando de forma a auxiliar na correção de rumos, caso necessário.
Marcelo conta que alguns nomes do quadro diretivo do observatório foram mudados “justamente porque a ideia é renovar, sempre trazer pessoas novas, com ideias novas e mentalidade renovada, e também com o objetivo de ajudar na disseminação do trabalho do observatório perante a sociedade. Visto que o trabalho do observatório é um trabalho bastante discreto, não trabalhamos com o objetivo de criar nenhum tipo de polêmica, nenhum tipo de visibilidade negativa. Então, precisamos justamente de cada vez mais pessoas conhecendo o trabalho do observatório e ajudando a divulgar o observatório no município”.
Transparência pública
A transparência na gestão pública é um das propostas da entidade. “Sem dúvida, o trabalho do observatório tem foco na transparência pública, na gestão de recursos públicos, e também na educação. Nós temos vários projetos na área de educação, incluindo agora, nesse mês de junho, vamos realizar uma peça de teatro, no Espaço da Arte, em parceria com o Núcleo de Educação e a Secretaria de Educação. É um teatro focado na cidadania, na formação de novos cidadãos para os alunos do sexto ano do ensino municipal”, explicou o presidente.
Ao longo destes 17 anos, o Observatório conseguiu uma série de conquistas para a sociedade. “O observatório atua de forma bem abrangente. Conseguimos atingir bastante esse tipo de trabalho. O observatório consegue verificar a questão de preços, já recebeu bastante denúncias nesse sentido, todas as denúncias são tratadas com a devida importância. O nosso trabalho, quando o ente público ou o ente responsável não atende as solicitações do observatório, nós acabamos encaminhando, no formato de denúncia, para o Ministério Público, que tem o poder de polícia e vai lidar de forma adequada com isso. Mas o município já teve uma economia muito grande de recursos nos últimos anos, devido ao trabalho do observatório. É difícil citar números, mas de forma muito abrangente, conseguimos uma economia muito substancial para o município, desde que iniciamos as atividades em 2014”.
Medicamentos e alimentos
A atuação não se limita apenas à questão de acompanhamento de preços e produtos. O trabalho envolve também acompanhamento nas áreas de saúde e educação e seus ambientes. “São algumas das nossas pautas que conseguimos realizar conquistas. Quando começamos a fiscalização o almoxarifado da [secretaria de] saúde, era bastante precário, e de tanto cobrarmos, de tanto ficarmos em cima, a prefeitura mudou o espaço, reestruturou o espaço, e quem ganhou foi a população, porque os medicamentos chegam lá na ponta com as suas datas e validades em dia, com a sua eficácia em dia, porque está sendo estocado de forma adequada, num espaço adequado. A questão da merenda escolar foi justamente uma demanda que veio da população e que começamos a fiscalizar. Fiscalizamos de forma efetiva, num prazo muito recorde, conseguimos uma mudança muito grande no que tange à qualidade dos produtos entregues, qualidade da preparação, organização e adequação do alojamento e do estoque, tanto no almoxarifado da prefeitura quanto nas próprias escolas. Então, isso evoluiu muito, e esse trabalho é constante. Nós continuamos realizando esse projeto até hoje em parceria de voluntários”, relata Marcelo.
O Observatório é integrado por entidades civis e participam das atividades voluntários técnicos, representantes das entidades que têm interesse em melhorar a qualidade de vida do município e da gestão pública dos recursos.