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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Guancino estima prejuízo de R$ 1,8 milhão neste ano caso contrato não seja revisto

Um dos gargalos está no aumento das gratuidades: no ano passado, 37% dos usuários tiveram passe livre ou pagaram meia tarifa.

A redução no número de passageiros e a ampliação das chamadas gratuidades a idosos, deficientes e estudantes são os principais gargalos que devem fazer com que a Guancino tenha um rombo de R$ 1,8 milhão neste ano. A estimativa foi informada pelo administrador da empresa, Muran Almeida, durante entrevista à Rádio Onda Sul, sábado, 22, pela manhã.

Segundo Muran, os proprietários da Guancino já precisaram aportar R$ 4,5 milhões nos últimos quatro anos, desde que o novo modelo de operação do transporte coletivo passou a vigorar em Francisco Beltrão. Na época da elaboração do contrato, a demanda prevista era de 2,6 milhões de passageiros por ano, mas, em 2019, pouco mais de 1,8 milhão de pessoas utilizaram o serviço. No mesmo período, as gratuidades saltaram de 5 mil ao mês para 40 mil — boa parte impulsionada pela inclusão de idosos a partir de 60 anos com direito ao transporte gratuito.

Empresa alega que número de passageiros pagantes é menor que o estimado no contrato.

“Fechamos o ano passado com 37% de gratuidades, um número expressivo. Não discuto a importância desse passe livre para algumas classes, mas não há nenhuma contrapartida para compensar esses subsídios, estão jogando o valor da tarifa nas costas de quem realmente paga a passagem”, aponta Muran, dizendo que está buscando dialogar com vereadores e a Prefeitura para tentar equilibrar os interesses da empresa e do poder público.

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No fim do ano passado, a Guancino solicitou o reajuste anual à Prefeitura sugerindo uma tarifa de R$ 4,38 (20% superior à atual, de R$ 3,65), alegando necessidade de reequilíbrio econômico e financeiro do contrato. A questão ainda é estudada pela Prefeitura e deve ser apreciada pelo Conselho Popular.

Muran alega que a empresa continuará seguindo as obrigações impostas pelo contrato — que prevê novos ônibus neste ano —, mas que a ampliação e adequação de linhas e rotas deve ser estudada.

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