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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Guancino prevê economia de R$ 105 mil com suspensão temporária de cobradores

Medida teve que ser aprovada pela Câmara e trabalhadores vão continuar recebendo auxílio até que voltem às funções, em 1º de agosto.

As lotações de Beltrão estão circulando sem cobradores desde ontem.Eles foram afastados temporaria-mente para reduzir custos e voltam às funções daqui 60 dias.

Fotos: Leandro Czerniaski/JdeB

Desde ontem, os ônibus do transporte coletivo urbano de Francisco Beltrão estão circulando sem cobradores. A medida foi adotada pela Guancino como forma de reduzir os prejuízos neste período de pandemia – que também levou à queda no número de passageiros. Segundo a direção, 16 cobradores foram afastados temporariamente: eles retornam às funções em 1º de agosto e até lá irão receber os salários através do governo federal, por meio do programa de manutenção de empregos, que prevê a suspensão provisória do contrato de trabalho.

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“Enquanto outras cidades optaram por reduzir a frota nas ruas devido à pandemia, nós continuamos mantendo 100% da nossa operação, mantendo os mesmos custos, mas com uma receita bem menor porque há menos passageiros usando o transporte e isso tem comprometido ainda mais a saúde financeira da empresa”, explica Muran Almeida, administrador da Guancino. Segundo ele, 16 cobradores foram afastados temporariamente e nos dois meses de suspensão dos contratos a empresa estima uma economia de R$ 105 a R$ 115 mil com salários e encargos.

A suspensão dos profissionais teve que ser aprovada pela Câmara de Vereadores, já que a legislação municipal obrigava que todo ônibus do transporte coletivo urbano circulasse com cobrador. A medida passou a vigorar ontem, dia 1º. Desde antes da pandemia a empresa alegava déficit na operação devido à projeção de usuários que não se efetivou com o novo contrato, em 2016.

Passageiros orientados, mas não ficam a pé
O primeiro dia de operação sem cobradores foi tranquilo, apesar da chuva, que faz aumentar o uso do transporte público. A Guancino colocou profissionais desde a semana passada no terminal urbano para realizar o cadastramento de usuários e venda de cartões. Essa opção é aceita há quatro anos, mas muitos usuários ainda fazem o pagamento em dinheiro.

Muran explica que a determinação da empresa é não deixar nenhum passageiro sem transporte. “Quem eventualmente não tenha o cartão vai andar igual nestes dias, mas será levado diretamente ao terminal ou à área central e orientado a fazer o cartão para usar nas próximas viagens”, diz. No terminal, os vendedores estão das 7h30 às 18h20 e aceitam pagamento em dinheiro e cartão de débito; na sala da Guancino na rodoviária também é possível fazer o cartão, no mesmo horário, em questão de minutos. Os motoristas não podem receber dinheiro dos passageiros.

Cartão é mais vantajoso que dinheiro
Quem opta por pagar em cartão ganha desconto de 10 centavos a cada viagem realizada, pagando apenas R$ 3,55 por trecho. Além disso, esses passageiros podem fazer a integração e cruzar a cidade usando mais de uma linha pagando apenas uma tarifa, diferentemente de quem opta por pagar em dinheiro.

Mesmo aceitando somente cartão, determinação da empresa Guancino é não deixar passageiros sem transporte no perímetro urbano de Francisco Beltrão.

 

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