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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Hoje, Rádio Princesa comemora 64 anos

Foi a primeira emissora do município, instalada em 1956.

Adir (filho) e Augustinho (pai) Seleski falam da estrutura atual e da história da Rádio Princesa, pioneira de Francisco Beltrão que hoje comemora 64 anos de atividades. 

Foto: Ivo Pegoraro/JdeB

Hoje a Rádio Princesa AM, de Francisco Beltrão, completa 64 anos de transmissão. A emissora, que entrou no ar dia 14 de janeiro de 1956 com o nome de Rádio Colmeia AM, foi a primeira do município. Por ser pioneira, ela foi decisiva em momentos históricos do então recém-criado município, como na Revolta dos Posseiros, em 1957, e na divulgação da 1ª Fenafe (Feira Nacional do Feijão), em 1967 – hoje Expobel.

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Como Rádio Colméia a emissora funcionou até 1965. Em 1966, com a compra da Colméia pelos empresários Agustinho Seleski, Domingos Bertaiolli e Carlos Vidal da Silva, foi criada a Sociedade Rádio Princesa Ltda. “Essa sociedade empreendeu o desmembramento da emissora da Rede Colméia em novembro de 1968. Foi aí que tivemos a autorização para a transferência direta da permissão para a Sociedade Rádio Princesa Ltda. Em 72 já adquirimos a sede própria, na Rua Ponta Grossa que é onde funciona até hoje”, destaca o jornalista Agustinho Seleski, diretor da Rádio Princesa AM.

Hoje são seis rádios
A Princesa também foi a primeira do Sistema Seleski de Comunicação, hoje formado por mais seis rádios: a Super Jovem, primeira rádio FM de Beltrão; Panorama FM, de Itapejara D’Oeste; Cristal FM, de Marmeleiro; Clube AM, de Realeza; São João AM e Pirâmide FM, ambas de São João.

De acordo com Agustinho Seleski, a Rádio Princesa cumpre ainda um importante papel de responsabilidade social para a comunidade. “Temos uma história muito bonita aqui e nesses 64 anos temos ajudado a construir o desenvolvimento de Francisco Beltrão. É um orgulho podermos chegar aos 64 anos e ainda estarmos em plena atividade, aumentando cada dia mais nossa audiência e melhorando a programação”, ressalta.

Atualmente a Rádio Princesa mescla programação jornalística, essencialmente na parte da manhã, e musical, à tarde e à noite. As duas emissoras do grupo Seleski em Beltrão geram 30 diretos e indiretos.

Adir Seleski, coordenador, ressalta que nos 64 anos de existência a Princesa sempre foi um exemplo na prestação de serviços. Prova disso são as campanhas do agasalho e de adoção de cartinhas de Natal realizadas todos os anos. “Também as campanhas de arrecadação de donativos para pessoas vítimas de calamidades públicas que aconteceram em Beltrão e na região, que aliás não foram poucas ao longo desses 64 anos”, comenta.

Eventos da cidade
Adir lembra que a rádio também foi responsável por divulgar uma série de eventos da cidade, como o Miss Beltrão. “Como durante muitos anos fomos a única rádio da cidade, éramos os responsáveis por divulgar tudo o que de mais importante acontecia aqui”, destaca.

Ele comenta ainda a forma como a empresa de comunicação vem sendo conduzida desde a sua fundação. “Nunca tivemos nenhuma punição ou advertência por parte do Ministério das Comunicações. Além disso, sempre somos lembrados pela Aerp (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná) como uma emissora exemplo. Aliás, entidade essa que surgiu também em Francisco Beltrão diante das dificuldades unindo os radiodifusores da região em busca de soluções”, frisa Adir.

 

Próximo passo, a migração rádio para FM

Adir Seleski, diretor do Sistema Seleski de Comunicação, adianta que o próximo passo da Rádio Princesa é a definição do Ministério das Comunicações com relação ao processo de migração das ondas de AM (Amplitude Modulada) para Frequência Modula (FM). “Como a Rádio Princesa AM está na faixa de fronteira e pela sua potência chega ao Paraguai e Argentina, a mudança depende de consulta pública que iniciou em dezembro, foi a primeira delas, do governo brasileiro junto aos governos do Paraguai e Argentina, se pode mudar para faixa convencional de FM e não a estendida, É preciso achar uma frequência disponível nos três países”, informa Adir. A faixa escolhida não pode prejudicar as outras emissoras do Paraguai e Argentina.

Adir adianta que a Princesa quer mudar logo para FM, mas depende de que seja encontrada uma frequência na faixa convencional. A mudança para a faixa estendida – os canais 5 e 6 UHF – deve demorar um pouco mais.

A proposta inicial do Ministério das Comunicação previa que a Rádio Princesa AM, na migração para FM, iria pra faixa estendida como emissora classe A2, com potência de até 30 kilowatz – hoje ela tem 10 kilowatz em AM. A direção da emissora propôs vir para a faixa normal/convencional classe A3 e potência de 15 kilowatz ou A4 com 5 kilowatz. “Esta mudança acontecerá junto com outras emissoras à medida que as frequências forem disponibilizadas [pelo Ministério das Comunicações]”, ressalta Adir.

Outra emissora do grupo Seleski de Comunicação, a Rádio São João AM, vai passar para a classe A4 com potência de 5 kilowatz em FM. O pedido já foi encaminhado ao Ministério das Comunicações. A direção do grupo aguarda ser chamada para assinar o contrato e fazer a migração para FM. A frequência já está definida da Rádio São João, será 93,5 Mhz em FM.

Parte dos equipamentos para transmissão em FM já foram comprados. Será necessário instalar uma nova torre e antena de transmissão ajustada para FM.

Nos últimos dois anos – 2018 e 2019 – várias rádios AMs do Sudoeste migraram para FM, entre elas as rádios Cristal e Panorama, do Sistema Seleski de Comunicação.

Laurentino Risso (à esquerda) em uma transmissão da Rádio Princesa.

 

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