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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Homenagem à desembargadora Ilse Lora, na OAB, enalteceu a seriedade de seu trabalho como juíza

Por outro lado, todos queriam encaminhar seus processos para ela, porque sabiam que a sentença seria rápida e correta, o que aumentava o desafio de agilizar seu trabalho.

Na mesa de honra, Névio Úrio (Cesul), Elois Rodrigues (representou o prefeito Cleber, que naquele momento participava da abertura do Natal Encantado),

a homenageada desembargadora Ilse Lora, juiz Paulo Possebon de Freitas, juíza Karina Dággios e Luiz Carlos D’Agostini Júnior (presidente da OAB).

Fotos: Fábio Girardi/JdeB

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Vários discursos, mas todos bem objetivos, mostraram a seriedade e eficiência do desempenho da juíza Ilse Bernardi Lora, que atuou nos últimos 26 anos como titular da 1ª Vara do Trabalho de Francisco Beltrão e dia 16 de setembro deste ano foi promovida a desembargadora do TRT de Curitiba. Foi exaltada também sua atuação como professora do curso de Direito do Cesul. A homenagem, seguida de jantar, foi na sede da OAB, na noite de sexta-feira 29.

“A história do Fórum Trabalhista de Francisco Beltrão se confunde com a história da hoje desembargadora dra. Ilse Bernardi Lora”, disse a delegada da Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do Paraná, Mônica Franco Bresolin, que também é membro do Tribunal de Ética e Disciplina. “Neste período, dra. Ilse atuou com galhardia e denodo, sempre se pautando pela retidão e agilidade”, emendou Mônica, acrescentando que por muitos anos a 1ª Vara do Trabalho de Francisco Beltrão, “sob sua batuta, juntamente com os servidores, foi considerada a Vara mais célere e produtiva do Estado, o que não é pouco”.

Esse título de primeira no Estado foi confirmado mais uma vez e até dra. Ilse, que já se desligou formalmente, vibrou com a “nossa Vara” (na verdade, ela vai continuar residindo em Francisco Beltrão, trabalhando parte em Curitiba e parte aqui, sempre a serviço do Tribunal, mas através dos “meios eletrônicos que me permitem trabalhar, parte do mês, sem qualquer dificuldade e sem prejuízo à qualidade e à seriedade, de forma remota”).

O presidente da OAB local, Luiz Carlos D’Agostini Júnior, destacou “as decisões sempre bem fundamentadas, tanto a favor como contra, e sempre corretas” da dra. Ilse. E ainda “tendo a coragem como atributo fundamental do juiz, aplicou a lei de forma equânime para o reclamado e para o reclamante”. E sobre a eficiência de seu trabalho, afirmou que “a senhora colocou Francisco Beltrão no mapa do Paraná”.

Segundo D’Agostini, o que teve de negativo é que a eficiência da juíza acabou se voltando contra ela, ou lhe dando mais trabalho ainda, porque, sabendo da rapidez e correção da sentença, todos queriam enviar a ela os seus processos.

No mesmo tom, sempre elogioso, falaram também o juiz da 2ª Vara do Trabalho, Paulo Possebom de Freitas, e, em nome dos servidores, o oficial de justiça Richard Zajaczkowski.

Dra. Ilse Bernardi Lora foi homenageda na OAB por sua promoção de desembargadora do TRT de Curitiba, após quase 27 anos de juíza do trabalho em Beltrão. 

 

Lembrando Sócrates
Dra. Ilse iniciou seu discurso citando o filósofo grego Sócrates (469 a 399 a.C.): coisas que devem ser feitas todos os dias: escutar com cortesia, responder sabiamente, ponderar com prudência e decidir imparcialmente. E comentou: “Pôr em prática seu conselho é um desafio diário para os milhares de magistrados do país”.

Dra. Ilse também citou o ministro do STF Carlos Aires Britto, no seu discurso de posse como presidente do Supremo, em 19 de abril de 2012: “Para garantir o êxito no exercício de cargo público, basta cumprir as leis e a Constituição federal. Esta é a primeira e a mais importante voz do direito aos ouvidos do povo. É o que têm feito, ao longo de décadas, os magistrados que transpuseram os umbrais do TRT da 9ª Região na condição de juízes substitutos, titulares ou desembargadores”.

Dra. Ilse falou de sua emoção, pela homenagem, e também de sua alegria pela recente promoção ao TRT. Sobre seus quase 27 anos de Francisco Beltrão (“onde escolhi viver e trabalhar”), ela afirmou: “Busquei contribuir com meu modesto mas devotado trabalho para que a unidade de Francisco Beltrão, embora distante dos grandes centros, merecesse o reconhecimento que sempre esperam aqueles que aplicam suas melhores energias em prol de causas federais. Sempre tive o apoio da sociedade, dos advogados, dos servidores e dos colegas”.

Disse que a equipe da Justiça do Trabalho local é “brilhante”. Também citou o título de cidadã honorária de Francisco Beltrão que ela recebeu em 2012; que vai continuar residindo aqui e, assim também, como voluntária da OAB. Depois, durante o jantar, disse à presidente do Mão Amiga, Juceny Da Caz, que vai continuar participando também do grupo de apoio aos pacientes de câncer.

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Dra. Ilse não citou, em seu discurso, se ainda vai lecionar direito no Cesul, mas seu diretor, Névio Úrio, que estava na mesa de honra, diz que ela irá continuar como coordenadora dos cursos de pós-graduação. Sobre esse seu lado de dedicar-se também ao ensino, tirando inclusive horas do convívio familiar, dra. Mônica Bresolin destacou: “Como se não bastasse a competência na atuação como magistrada e gestora de sua unidade judiciária, dra. Ilse sempre teve preocupação em nos pôr no mapa acadêmico. Não foram poucos os cursos, simpósios e pós-graduações que coordenou ou participou juntamente com a comunidade jurídica local, sempre insistindo e primando pelo aprimoramento técnico dos que aqui advogam”.

Da família, dra. Ilse estava acompanhada pelo marido, Ivo Lora, o filho João Felipe, a irmã Vanir Clara e a mãe, Amélia Maria Lorenzetti Bernardi, viúva de Pedro Bernardi. Dona Amélia mostrou que é uma pessoa de muito bom humor. Quando lhe perguntam a idade, ela diz que oito mais cinco dá treze.

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