
O Jornal de Beltrão recebeu informações sobre a falta de atendimento de médicos ortopedistas pelo Hospital São Francisco (HSF), durante finais de semana, o que faz os pacientes esperarem até a segunda-feira para serem avaliados. Outro questionamento foi em relação ao fato de o Pronto Atendimento 24 horas não contar com raio-X. Devido a esta situação, o Hospital Regional estaria com os leitos ortopédicos superlotados.
A secretária de Saúde de Francisco Beltrão, Rose Mari Guarda, esclareceu as questões, pois o Hospital São Francisco é credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo Beltrão o município mais afetado pelo problema. De acordo com a secretária, no dia 19 de setembro ela teve o conhecimento de que um ortopedista mudou-se do município por questões pessoais e outro profissional deixou a escala do hospital.
“Imediatamente, nós procuramos a direção do hospital e eles nos informaram que já estavam fazendo contatos com outros profissionais. Nós nos reunimos com a 8ª Regional de Saúde, com o Conselho Regional dos Secretários Municipais de Saúde do Sudoeste (Cresems), com o São Francisco e outras entidades de saúde, e o problema não é diariamente, mas em algumas escalas. O hospital se comprometeu em encontrar uma solução até o dia 10 de outubro”, afirmou Rose Mari Guarda.
O procedimento é que nos casos mais leves o internamento vai ocorrer normalmente e o Hospital Regional irá receber os casos de traumas mais graves. Atualmente, o São Francisco atende com três ortopedistas, em um atendimento indispensável. “Como saíram dois profissionais, se agravou a situação”, completou a secretária de Saúde.
Repasse do município para HSF
Rose disse que o que é procedimento feito no Hospital São Francisco, é pago de acordo com a tabela do SUS e o município repassa R$ 1,20 per capta, por mês, para que o hospital seja Portas Abertas para receber a população de Beltrão. “O hospital recebe em média dez pacientes por dia pelo Portas Abertas. Os outros municípios da região pagam R$ 0,60 per capita e o governo do Estado passa R$ 120 mil mensal, porque é uma gestão plena. Então pagamos esse valor, mais as internações de acordo com o procedimento realizado”, informou a secretária.
Sobre a falta de raio-X no Pronto Atendimento 24 Horas, Rose argumentou que o município paga R$ 1,20 ao HSF porque não tem o equipamento. “A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) terá o raio-X, porém o prédio foi construído em terreno irregular na gestão anterior e seu acesso foi construído para o loteamento, que não foi liberado. O (setor) jurídico está cuidado disso”, informa Rose.
Ouvidoria Municipal
A população pode dar sugestões de melhorias ou reclamar na Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, que fica na rodoviária. No local, há uma profissional que foi treinada pelo Ministério da Saúde para receber queixas e reclamações. No site da prefeitura, a página ainda não está no ar.