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Francisco Beltrão
terça-feira, 01 de julho de 2025

Edição 8.236

01/07/2025

HISTÓRIA DE BELTRÃO

Ignês Osowski: pioneira da Água Branca e fundadora da Feira

Ignês Rios Osowski ao lado do filho caçula, Élio, atual presidente da Feira do Produtor, que acontece todas as quartas e sábados na Praça Central de Francisco Beltrão. Foto: Adolfo Pegoraro/JdeB.

Por Adolfo Pegoraro – Ignês Rios Osowski nasceu em 15 de setembro de 1933 em Bento Gonçalves (RS). Com quatro anos de idade, mudou-se com a família para Concórdia (SC). Veio morar em Francisco Beltrão um pouco antes da Revolta dos Posseiros, que aconteceu em 1957, então já são quase 70 anos morando no município.

Dona Ignês é uma das pioneiras da comunidade da Água Branca, onde mora até hoje. Logo depois que chegou, casou-se com Antônio Osowski (falecido em 2017), com quem teve quatro filhos: o Alzimiro, que mora na Água Branca, a Sueli, que também mora na Água Branca, a Juceli, que mora no bairro São Cristóvão, e o Élio, que é vizinho da mãe. O filho mais novo é o atual presidente da Feira do Produtor de Francisco Beltrão, que acontece todas as quartas e sábados na Praça Central. Dona Ignês e seu falecido esposo foram fundadores da feira e também eram pioneiros da comunidade de Água Branca. A dona Inês tem 11 netos e sete bisnetos.

“Eu gosto de morar na Água Branca, eu não quero sair daqui, porque a minha filha que mora em Beltrão (na área urbana) queria que nós fôssemos morar lá perto deles e comprar um lote encostado, mas meu marido não quis ir. Ele disse que ele vai morar onde ele vai sempre, mas sair daqui não quis”, conta dona Ignês, que relembra um pouco dos tempos em que chegou em Francisco Beltrão: “Beltrão era só pinheiro, era mato, e tinha 3 ou 4 casas. Eu tinha um lugarzinho lá que tinha um armazém pequeno e tinha uma igreja pequena e tinha mais dois moradores, mais uma loja só. O resto era só mato. Eu lembro muito bem.”

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Dona Ignês e seu Antônio sempre trabalharam na agricultura e criaram os filhos na Água Branca. “A gente tinha criação pro gasto, pra ter o leite, ter o queijo, porque não se ganhava nada na época com isso. A gente plantava aquele pouco lá e criava uns porquinhos, tratava com aquele milho que colhia. E vivia assim, vivia bem, não passava necessidade de nada”, complementa.

Sobre a Feira do Produtor, dona Ignês lembra que foram três décadas acompanhando. “Trinta anos eu trabalhei na feira. No começo, era só no sábado, depois passou a ter também na quarta-feira. Começarmos a Feira do Produtor em 1977. Como a gente sempre levava os filhos junto, hoje o Élio segue como feirante e é o presidente”, afirma.

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